17 jun, 2014 • Raquel Abecasis
O vice-presidente do PSD, Marco António Costa, acredita que a coligação governamental “vai chegar ao fim da legislatura” e defende que “seria útil que rapidamente se pudesse olhar para uma coligação para o futuro”.
Em entrevista ao programa Terça à Noite da Renascença, o dirigente social-democrata considera que “não seria correcto” precipitar eleições agora, aproveitando o facto de o Partido Socialista estar “desorganizado”.
Marco António Costa diz que “isso não seria do interesse nacional” e que o Governo tem a obrigação de levar “até à exaustão o seu mandato até ao fim”, desejando ainda que o PS resolva rapidamente os seus problemas e “contribua para a construção de consensos e não como um obstáculo à construção de consensos”.
Constitucional "impediu" última "tranche" do FMI
Para o vice-presidente do PSD, o Tribunal Constitucional (TC) devia ter esperado até ao dia 16 de Junho para anunciar a decisão sobre o Orçamento do Estado e lamenta que assim os juízes do Palácio Ratton tenham “impedido que Portugal pudesse receber a última 'tranche' do FMI”.
Espera agora que o TC se apresse a dar os esclarecimentos pedidos pela Assembleia da República, na sequência do pedido de aclaração do acórdão que chumbou três medidas do Orçamento do Estado para 2014.
“Era desejável que houvesse colaboração institucional, porque não se tratou de um gesto de provocação, não se tratou de um gesto de agressão institucional, tratou-se de um sincero pedido de apoio de informação ao Tribunal Constitucional para se poder actuar sustentadamente no respeito escrupuloso do acórdão”, sublinha o dirigente social-democrata.
Marco António Costa diz ainda que, para haver “previsibilidade na execução orçamental e no quotidiano dos portugueses, é do interesse nacional desfazer as dúvidas”, considerando assim “desejável” que o Presidente da República, Cavaco Silva, envie para o TC os diplomas sobre os salários da função pública para fiscalização preventiva.