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Fernando Araújo

"Não houve encerramentos não planeados" de blocos de partos, garante CEO do SNS

14 jun, 2023 - 12:01 • Tomás Anjinho Chagas

Diretor executivo do SNS sublinha que falta de médicos de obstetrícia "não é de agora" e que os encerramentos alternados são uma medida temporária para dar previsibilidade às grávidas.

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O diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, assinala que o plano "Nascer em Segurança", criado na altura do Natal e que encerra de forma planeada blocos de partos em todo o país, está a funcionar e reforça que não houve nenhuma maternidade a encerrar que não estivesse prevista.

"Nestas 23 semanas de vigência da operação Nascer em Segurança no SNS, não houve qualquer encerramento não planeado de qualquer bloco de partos do país. Eu gostava de sublinhar isto para não haver dúvidas. Não houve nenhum dia de encerramento não planeado", sublinha Fernando Araújo em declarações feitas na manhã desta quarta-feira no Parlamento.

O CEO do SNS foi chamado à Assembleia da República pelo PCP, que diz estar preocupado com o encerramento de blocos de partos na Região de Lisboa e Vale do Tejo, especialmente afetada pela falta de médicos, que se agrava no período do verão.

Fernando Araújo assume que a falta de médicos de ginecologia e obstetrícia "não é de agora" e reitera que o encerramento alternado de blocos de partos é apenas uma medida temporária. "Não temos solução imediata", justifica o antigo Presidente do Conselho de Administração do Hospital São João, no Porto.

O encerramento alternado de maternidades foi a principal medida tomada pela direção executiva do SNS, que foi nomeada em outubro pelo Governo. Os blocos de partos encerrados foram um dos principais problemas do Serviço Nacional de Saúde no ano passado, e em agosto de 2022 morreu uma grávida em Lisboa, caso que levou à demissão de Marta Temido. Entretanto, o relatório da Inspeção-Geral de Atividades em Saúde aponta para "más práticas clínicas neste caso".

“Não houve nenhum parto no privado”

Por causa da escassez de meios no SNS, o Estado estabeleceu um acordo com três grupos de saúde privados, que se disponibilizaram para receber grávidas que estão a ser acompanhadas nos hospitais públicos da Região de Lisboa.

O acordo está em vigor desde o início do mês de junho, mas o CEO do SNS revela que ainda não houve necessidade de pedir ajuda aos privados.

O processo começou no dia um de junho. Até hoje, dia 14, não houve nenhum parto fora do SNS, não houve necessidade”, explica Fernando Araújo aos deputados que constituem a Comissão de Saúde.

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