Aumento das reservas é sinal da confiança dos turistas, diz presidente da Associação de Hotelaria

23 mai, 2022 - 06:00 • Ana Carrilho

A Páscoa foi boa e perspetiva-se um bom verão. Se assim, continuar, sem “fatores perturbadores”, como aconteceu com a COVID ou a guerra, o turismo pode atingir níveis de 2019

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Bernardo Trindade, administrador do grupo madeirense Porto Bay assumiu há cerca de um mês a presidência da AHP – Associação de Hotelaria de Portugal – para os próximos dois anos. Em entrevista à Renascença, deixou uma mensagem de otimismo quanto à recuperação do sector para níveis de 2019 (o melhor ano turístico português) ou muito próximos.

Depois de “fechadas” durante dois anos por causa da pandemia, as pessoas têm vontade de viajar e as reservas para o verão em Portugal crescem a olhos vistos. Mesmo que os preços sejam mais altos, por causa da guerra e da inflação.

O hoteleiro e líder associativo já esteve do outro lado, como administrador não executivo da TAP e como Secretário de Estado do Turismo, o que não o impede de exigir ao Governo de António Costa celeridade nas decisões - por exemplo do novo Aeroporto de Lisboa – ou menos burocracia, nomeadamente no acesso aos apoios de que as empresas precisam, em consequência da pandemia.

E a propósito do aumento de número de casos de Covid-19, admite que pode ter efeitos no setor, mas também lembra que agora sabemos mais do que há dois anos, para enfrentar o problema.

Depois destes dois anos negros por causa da pandemia e agora, apesar da guerra na Ucrânia, há sinais de retoma no turismo português, há cada vez mais turistas um pouco por todo o lado. As restrições foram aliviadas e o resultado é uma nova escalada de casos, com a ministra da saúde a pontar para 60 mil/dia no fim do mês. Tendo em conta esta situação, teme um retrocesso no controlo da pandemia e o impacto na recuperação do setor, que está a começar? Seria avisado regressar a algumas medidas restritivas, ainda que leves, para evitar males maiores?

Estamos, de facto, confrontados com uma nova fase da pandemia. Mas também é verdade que hoje sabemos mais do que sabíamos há dois anos. Estamos com um plano de vacinação muito ativo, que envolve já nesta fase uma nova vacina para determinados estratos da população. E quero acreditar que isto vai obviamente continuar.

A minha perspetiva ou a nossa – AHP – é que estamos a sentir uma recuperação sustentada mês após mês. Obviamente que um fator desta natureza pode eventualmente ter alguma consequência. Mas eu também não quero antecipar em grandes tendências, até porque não sabíamos no início do ano da guerra na Ucrânia e fomos confrontados com ela. Atualmente há um conjunto de aspetos e movimentos que vêm atualizando a nossa vivência. Apesar disto, o turismo tem mostrado uma resiliência muito forte.

Portanto, nem sequer as máscaras obrigatórias para alguns espaços com mais gente?

Nós tivemos algum turismo, ainda menor, o ano passado e estávamos todos de máscara. Portanto, também não quero colocar uma grande tensão. O que eu queria sobretudo sublinhar é a disponibilidade para que a economia do turismo se articule com os cuidados de saúde. E nisso estamos muito empenhados. Os nossos associados, sobretudo no quadro do programa CLean&Safe, feito entre o Turismo de Portugal e o Ministério da Saúde, tiveram a capacidade, mês após mês, de ir atualizando aquelas que eram as recomendações do Ministério da Saúde. E portanto, já há algum caminho feito.

E agora, apesar de termos uma guerra, as pessoas querem viajar. E como é óbvio, não é por bons motivos, mas acha que alguma desta boa recuperação no turismo nacional, efetivamente, se deve também à escolha de Portugal em detrimento de outros destinos, que estarão provavelmente mais próximos da zona de conflito?

Eu acho que seria eventualmente injusto para o caminho muito bonito que Portugal percorreu nos últimos anos. As características que levaram a que Portugal fosse considerado, fosse premiado à escala global, como o melhor destino turístico para uma opção de lazer ou para uma opção de negócios, não se destruíram. Pelo contrário, tivemos oportunidade de as reforçar em variadíssimas dimensões.

A notícia que tivemos a semana passada da Comissão Europeia, dizendo que Portugal lidera o crescimento económico em 2022; e depois, quando procuramos perceber a razão desse crescimento, o turismo aparece como a primeira razão para que esse crescimento aconteça, é digamos, a consequência natural daquilo que vínhamos fazendo até 2019. Interrompemos dois anos por causa da pandemia. Acho que é algo que nos deve orgulhar e nos deve deixar satisfeitos.

As expectativas para o Verão, pelo que acabou de me dizer, são boas. É esse o sentimento dos associados da AHP? A Páscoa já foi um bom teste.

No dia 2 de junho faremos a apresentação do inquérito aos nossos associados sobre o verão e o balanço da Páscoa. Todos os números apontam, felizmente, para uma recuperação importante e que se faz sentir em todas as regiões do país, as cinco regiões continentais e as duas regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

E isso é positivo porque de alguma maneira vem confirmar um bocadinho uma tendência que vínhamos assistindo em 2019: que o turismo é uma realidade primeira ganhadora em todas as regiões do país. Não quero antecipar aquilo que vamos apresentar, mas a mensagem é de recuperação, um sinal da confiança dos nossos clientes, um pouco por todo o mundo. Aqueles que nos visitam habitualmente e os turistas nacionais.

Portanto, o número de reservas é bom, apesar de constrangimentos como a Covid-19, a guerra e a inflação que estão a provocar também uma subida de preços. Com tudo isto a refletir-se nos preços que são praticados na hotelaria. Tem a noção de quanto é que cresceram ou podem vir a crescer?

Não obstante o crescimento das reservas, das receitas, de uma recuperação de facto muito importante, há simultaneamente o confrontar-se com uma escalada de preços de toda a cadeia de valor do sector da hotelaria, começando pela eletricidade e o gás, a cadeia alimentar, a prestação de serviços. Não há um item que verdadeiramente identifiquemos que tenha estabilizado o preço. Resultado também da guerra da Ucrânia, há de facto a inflação generalizada. O que é normal numa economia de mercado é que os agentes económicos possam refletir no preço de venda esse acréscimo.

Além disso, em resultado do percurso feito pelo país nesta área do turismo, onde objetivamente não vendemos “gato por lebre”, vendemos qualidade, então é legítimo que possamos, no fundo, passar, esse acréscimo ao nosso cliente. Como diz, as pessoas estão ávidas de viajar, de usufruir de um conjunto de experiências e nós estamos em condições de lhes apresentar essa qualidade, que é percecionada em todo o país.

Mas há essa noção de quanto é que podem subir os preços, em média?

Esse é um tema que neste momento estamos a monitorizar. Repare, temos um trimestre fechado, temos um verão que vaticina poder vir a ser bom. Agora eu não quero comprometer-me com um número que, de alguma maneira, depois possa ser falacioso. O que o que é importante? Temos unidades hoteleiras reabertas, prontas para receber os seus clientes um pouco por todo o país.

Com este cenário de recuperação, crê que se podem ultrapassar os 15 mil milhões de receita para o setor previstos no início do ano?

Acho que os dados do Banco de Portugal, referindo que em 2022 já fizemos 95% das receitas de 2019; e com um verão à porta que aponta para um comportamento muito positivo, diria que ultrapassaremos os 15 mil milhões de euros de receitas. Fizemos qualquer coisa como 18,6 mil milhões de euros em 2019, portanto …

Se calhar até ultrapassa

A nossa conversa é um bocadinho com a informação que temos neste momento. Ou seja, se introduzimos algum fator que seja perturbador do normal funcionamento e de uma normal relação com o nosso país, como é evidente, isto pode ter alterações. Agora, mantendo-se tudo como nós sabemos neste momento, é muito possível que nos aproximemos dos 18,6 mil milhões que conseguimos em 2019.

Ultrapassar, não pensa nisso?

Faremos essa avaliação mais à frente, se me voltar a perguntar.

Com todos estes fatores perturbadores, houve recomposição nos mercados tradicionais para Portugal? Há novos mercados de valor acrescentado?

Uma coisa interessante e vou falar por uma região que conheço bem, que é a Madeira. Em resultado da Covid-19, a Madeira passou a receber – como destino mais seguro à escala global - um conjunto de mercados que tradicionalmente não voavam para lá. Por exemplo, a República Checa, a Lituânia, a Estónia, um reforço da Polónia. Eram mercados que nem sequer conheciam a Madeira e que hoje estão a programar, em força, este destino.

Em relação aos mercados tradicionais, o que estamos a sentir é um regresso: Reino Unido, França, a Escandinávia ou mesmo Espanha, neste conceito de proximidade, estão a regressar. Com a reprogramação das companhias aéreas de longo curso, estamos a sentir muita confiança dos Estados Unidos e do Canadá. O mercado brasileiro, a regressar também, embora mais atrasado. Mas a própria valorização do real fez com que a oportunidade de viajar para países longínquos se possa concretizar. E Portugal ocupa sempre uma posição primeira, porque a nossa companhia de bandeira tem uma relação de grande proximidade com o Brasil, é a companhia aérea estrangeira que mais voa para o Brasil.

Os mercados asiáticos é que ainda não regressaram

A Emirates anunciou agora o segundo voo diário para Lisboa. Ela é um instrumento poderosíssimo deste nosso diálogo com o Oriente. Vamos ver. Vamos continuar a acompanhar, mas esta recuperação está de facto a acontecer.

E o turismo interno que foi a “boia de salvação” do ano de 2020 e que fez com que os portugueses olhassem doutra forma para o país?

O contributo do turismo interno foi uma realidade positiva em Portugal. Como o turismo interno na Espanha foi para Espanha, o turismo interno em França foi para França. Havia um clima de confiança na mobilidade e então as pessoas queriam sair e, apesar de tudo, ter uma opção.

No caso português acresce um outro aspeto que me parece importante: os níveis de poupança no período Covid-19 aumentaram e, portanto, significa que hoje as pessoas têm algo mais para despender, com mais conhecimento do país. Desse ponto de vista, acho que podemos estar razoavelmente confiantes de que a relação dos portugueses com Portugal se manterá.

A pandemia de Covid-19 deixou marcas. Há empresas que não resistiram, há outras que continuam a precisar de apoio. Já tem dados concretos sobre hotéis que encerraram definitivamente?

Em termos de número de associados, não sei dizer em concreto. Como é evidente do nosso balanço, ainda que seja positivo, com mais entradas do que saídas, muitas vezes não sabemos exatamente a razão por que acontecem, ainda que poucas.

Agora há uma coisa que eu não tenho dúvida nenhuma: é que os balanços das nossas empresas, em resultado de dois anos de Covid-19, de facto, sofreram um retrocesso muito grande. As suas estruturas patrimoniais, os seus balanços, foram fortemente prejudicados.

Vão ser necessários vários anos bons para recuperar

Claro. Sabemos bem a expetativa que recai sobre nós, sobre o turismo, sobre a hotelaria para a recuperação do país. Mas para que de alguma maneira possamos ter empresas recuperadas, capitalizadas, empresas capazes de enfrentar os desafios dos próximos anos precisamos de ter linhas (de crédito) que nos permitam, aquilatar da qualidade e do dano causado pelos dois anos de Covid-19. O Banco de Fomento é um instrumento importante, desse ponto de vista. Foi, aliás, criado com o objetivo de melhorar a capitalização das empresas.

Mas os hoteleiros e outros agentes do turismo têm-se queixado que esses apoios não estavam a chegar às empresas que verdadeiramente precisam deles.

E é o apelo que temos sempre feito ao Governo. No fundo, o Banco de Fomento, as linhas de capitalização foram criadas para servir as empresas. É fundamental que não abandonemos esta ideia principal. O processo tem de ser simplificado, mobilizador junto dos destinatários destas linhas, não podem ser processos burocráticos muito difíceis de concretizar.

É um apelo repetido e que vamos continuar a fazer porque entendemos que, se há Linhas, se há apoios, é preciso simplificá-las, num quadro de confiança. Já estabilizámos esta ideia: o turismo e a hotelaria são fundamentais para a recuperação do país. Então vamos solidificar a capacidade financeira das empresas, colocar as linhas ao seu dispor para que elas possam, no fundo, cumprir e contribuir.

E o Governo tem-lhe dado ouvidos ou não?

Eu estou razoavelmente expectável e positivo relativamente a isso. Temos um quadro político diferente, de uma maioria absoluta, de um só partido. E em que no fundo, a centralidade do debate para que o país recupere económica e socialmente passa essencialmente por criar condições para que as empresas possam cumprir os seus objetivos. Obviamente, isto não se faz de um dia para o outro. Mas eu diria que se o Governo, que foi tão significativamente apoiado pela população portuguesa, que está hoje com níveis de empregabilidade tão elevados, então é tempo de arregaçar as mangas e contribuímos cada um com aquilo que verdadeiramente se impõe que façamos.

Vê algo desse contributo no facto de o Governo ter decidido que a pasta do Turismo ficava sob a mesma tutela que o Comércio e os Serviços?

Mais do que a designação, diria que é importante que a Eng. Rita Marques tenha permanecido como responsável da pasta: é alguém que vem do Turismo, que tem a sensibilidade do Turismo, que percebe quais são os temas do momento.

Mas a nossa ambição deve estender-se um pouco para além da tutela direta. Ou seja, o responsável pelas Finanças, o Dr. Fernando Medina, que é alguém com sensibilidade para a problemática das empresas. Ora, se estamos a falar da capacidade de libertar recursos para a economia, ajudando as empresas, nada como alguém que tem essa sensibilidade para dar essas autorizações e fazer chegar os fundos às empresas.

Isso é um apelo ou mais uma reivindicação?

Compreenda isso como um quadro reivindicativo que assume claramente o ideário da Associação da Hotelaria de Portugal, que é, no fundo, fazer chegar as preocupações dos nossos associados a quem tem capacidade de decidir. Por exemplo, a semana passada recebemos no nosso almoço mensal o Eng. Carlos Moedas (presidente da C.M. Lisboa) e apresentámos problemáticas muito concretas.

A problemática do Aeroporto de Lisboa é uma temática que não é só de Lisboa, é do país. Porquê? Porque ainda que a passagem de clientes entre companhias aéreas de longo e médio curso se faça em Lisboa, o facto é que há muitos turistas que, depois, se derramam um pouco por todo o país. É um tema que já era de 2019 e que se está a repetir em 2022, que é a incapacidade de dar respostas às solicitações de procura, nomeadamente de slots das companhias aéreas.

E a pergunta que fazemos é: pode o país dar-se ao luxo de estar a dispensar clientes por incapacidade de resposta ao nível da sua principal infraestrutura aeroportuária? Eu penso que não.

Portanto, o Governo tem de se despachar com uma decisão.

Como é evidente. Nós tivemos uma notícia preocupante que foi expressa recentemente por Sr. Ministro das Infraestruturas, no Parlamento, quando disse que tinha dúvidas relativamente à empresa que tinha ficado responsável pela avaliação ambiental. Isto, como consequência direta, implica a conclusão deste processo -leia-se, a ser o Montijo - para 2030. E então, entre 2022 e 2030 vamos estar limitados do ponto de vista da nossa capacidade aeroportuária? Vamos não ter respostas para solicitações de procura de slots por parte das companhias aéreas? Eu penso que isso não pode acontecer.

Daí a sua proposta de que haja uma intervenção no Aeroporto da Portela Multidisciplinar, ou seja, em que a ANA Aeroportos de Portugal, que é responsável pela operação em terra, possa fazer obras para garantir mais espaços de estacionamento, mais qualidade e uma melhor circulação em terra; articulada com a NAV -Navegação Aérea que faz a coordenação de todo o movimento aéreo em torno do aeroporto de Lisboa; articulado ainda com o SEF -Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, para que sejam usadas as 16 boxes que existem para receber clientes “Não Schengen”, nomeadamente de países como o Canadá e os Estados Unidos e estes não fiquem três horas à espera, representando um péssimo cartão de visita para quem tem tanta expetativa de visitar Portugal. O apelo que faço é esse, é muito concreto.

A TAP é outro assunto pendente para o país, mas em termos imediatos, do que se fala é o que vai acontecer às 18 slots diárias que a companhia aérea terá de ceder como contrapartida da ajuda que vai receber, por imposição da União Europeia. Se ficarem nas mãos de uma companhia aérea low-cost. Como a Ryanair ou EasyJet – as duas principais concorrentes – que impacto é que tem para o país? E para Lisboa?

Eu vejo essa questão sob várias dimensões. A primeira, relativamente às slots, é um processo de leilão e que envolve rotas e ligações de médio e longo curso. Admitindo que as de médio curso possam ter essas companhias que refere como candidatas, as de longo curso, podem ter, eventualmente outras companhias de maior de maior dimensão. Isso, de alguma maneira, vem diversificar um pouco o número de companhias aéreas que atualmente operam e Lisboa.

Mas há também um ponto que eu gostaria de significar como oportunidade. A perda desses 18 slots em Lisboa faz com que a capacidade aérea dos aviões da TAP seja maior para outros aeroportos. E o nosso entendimento é que aeroportos como os do Porto e de Faro podem passar a ter, digamos, um maior número de frequências da TAP do que têm atualmente. Pode representar um redesenho do número de frequências da TAP para outros aeroportos.

A TAP alega que não são rentáveis.

Isto não é preto ou branco, é uma questão de estudo. E aquilo que sei – porque procurei praticar isso quando estive na TAP – é que se pode desencadear um processo de auscultação com os diferentes públicos, quer do Porto quer do Algarve. Refiro-me a estruturas aeroportuárias, as próprias CCDR’s, e o movimento associativo para, no fundo, em conjunto com a TAP, poderem construir esse modelo.

Ou seja, imagine que o Porto reivindica uma determinada rota que a TAP venha a fazer. Isso tem um custo associado que pode ser desenhado e financiado por um conjunto de intervenientes que, em resultado, também desse acréscimo de procura, conseguem vantagem para a região. E, portanto, essa questão do rentável ou não rentável eu acredito - porque obviamente a rentabilidade é uma coisa que se consegue calcular - mas só depois de um processo de estudo que envolva as entidades de cada uma destas regiões.

E sobretudo, a administração da TAP tem de estar disponível para ir ao terreno e em diálogo com os públicos de cada uma dessas regiões, pensar: tenho slots que deixei de usar em Lisboa, tenho uma capacidade aérea que está, digamos, estabilizada. Então é tempo de poder, de facto, estudar essas oportunidades com novos aeroportos e novas rotas.

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