08 set, 2022 - 18:33 • Inês Rocha
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Morreu Isabel II, a rainha britânica com o mais longo reinado, aos 96 anos, avança a família real britânica em comunicado. A notícia foi divulgada às 18h30 desta quinta-feira.
"A Rainha morreu tranquilamente em Balmoral, esta tarde", refere a mensagem real.
"O Rei e a Rainha Consorte vão permanecer esta noite em Balmoral e regressam a Londres amanhã", sublinha o comunicado.
A notícia da morte de Isabel II foi conhecida horas depois de terem sido avançadas notícias de que os médicos estavam "preocupados" com o estado de saúde da Rainha, que se encontrava no castelo de Balmoral, na Escócia.
O seu filho e herdeiro do trono, Carlos, os netos William e Harry foram ter com Isabel II à residência de Balmoral, na Escócia, e os membros mais próximos da família real foram informados sobre o estado de saúde da monarca, segundo fontes oficiais.
A Rainha Isabel II, de 96 anos, adiou uma reunião na quarta-feira depois de os seus médicos a terem aconselhado a descansar, divulgou o Palácio de Buckingham. “Depois de um dia agitado ontem (terça-feira), Sua Majestade aceitou esta tarde” o conselho para descansar dado pelos seus médicos, explicou um porta-voz do Palácio.
Na terça-feira, a Rainha recebeu na sua residência escocesa o primeiro-ministro cessante, Boris Johnson, que foi apresentar a sua demissão, e depois Liz Truss, a quem nomeou oficialmente primeira-ministra.
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Subiu ao trono com 25 anos e, aos 96 anos, Isabel (...)
O sucessor de Isabel II é o seu filho mais velho Carlos, que será proclamado Rei de Inglaterra na sexta-feira e fará um discurso à nação.
Isabel II foi a monarca mais duradoura da história da coroa britânica, com um reinado de 70 anos, que atravessou momentos históricos, como a II Guerra Mundial, a Guerra Fria, o fim da União Soviética, a guerra contra o terrorismo e, mais recentemente, a pandemia de Covid-19 e várias crises económicas.
O novo Rei de Inglaterra, Carlos III, divulgou uma mensagem onde expressa "grande tristeza" pela morte da mãe, a rainha Isabel II.
"Lamentamos profundamente o falecimento de uma Soberana estimada e de uma Mãe muito amada. Sei que a sua perda será profundamente sentida em todo o país, nos Reinos e na Commonwealth, e por inúmeras pessoas em todo o mundo", declarou.
"Durante este período de luto e mudança, a minha família e eu seremos confortados e sustentados pelo nosso conhecimento do respeito e profundo afeto em que a Rainha foi tão amplamente acarinhada", sublinhou o novo Rei de Inglaterra.
Os detalhes das cerimónias fúnebres ainda não foram divulgados. O delicado estado de saúde da rainha Isabel fez soar as campainhas de alarme no Reino Unido, mas o país está preparado para a sua morte. Há pouco mais de cinco anos o ‘The Guardian’ publicou vários documentos oficiais, classificados como secretos, em que se estabelecia o roteiro a seguir e qual seria a sucessão de cerimónias, cujo custo podem ultrapassar 100 milhões de libras.
A operação ‘London Bridge is down’ (“A ponte de Londres caiu”) teve início no momento em que a morte da monarca foi confirmada. São quatro palavras com as quais o secretário privado da Rainha comunicaria a informação através de uma linha telefónica direta reservada à primeira-ministra, Liz Truss, e que desencadearia uma resposta imediata.
O Governo britânico vai decretar nove dias de luto oficial no Reino Unido. Durante os primeiros nove dias vão decorrer as homenagens dos súbditos frente ao féretro (há previsões de dados apontando para que mais de meio milhão de pessoas possa apresentar as condolências).
O funeral de Estado de Isabel II começou a ser desenhado há quase 20 anos. O duque de Norfolk, Edward William Fitzalan-Howard, preside a uma comissão constituída por membros da aristocracia britânica que revê e atualiza regularmente os planos da operação.
Ainda que a rainha não fizesse parte da comissão, estava informada ao pormenor dos planos do seu funeral com o máximo de honras. Mas, por saber, estão muitas das decisões das reuniões desta comissão muito especial que podem ter alterado, transformado e revisto alguns dos planos da operação que terá o seu início quando Liz Truss receber a informação: “London Bridge is down”.