24 ago, 2022 - 18:05 • Marta Pedreira Mixão
Nas primeiras horas de dia 24 de fevereiro, a Rússia invadiu território ucraniano a partir de três frentes, naquele que foi o maior movimento de tropas na Europa desde a II Guerra Mundial.
Muitos analistas ocidentais acreditavam que numa questão de dias a capital ucraniana estaria nas mãos de Moscovo, no entanto, passaram seis meses desde que as forças russas invadiram a Ucrânia, data em que se assinala também a celebração do Dia da Independência do país, declarada a 24 de agosto de 1991.
A ofensiva militar russa causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Esta quarta-feira, a Rússia garantiu também que as operações no país vizinho estão a decorrer conforme o planeado e que "todos os objetivos serão alcançados".
Esta quarta-feira, 24 de agosto, marca os seis mes(...)
"A operação militar especial está a decorrer conforme o planeado etodos os objetivos serão alcançados", disse o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, citado pela agência de notícias oficial TASS.
Num discurso à nação para assinalar este dia, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que a Ucrânia vai lutar" até ao fim" sem "nenhuma concessão ou compromisso".
"Vamos lutar pela nossa terra até ao fim. Estamos a aguentar há seis meses. É difícil, mas cerramos os punhos e estamos a lutar pelo nosso destino", disse.
Seis meses de guerra na Ucrânia
Yulia está em Portugal há mais de seis meses, mas (...)
"O que é para nós o fim da guerra? Antes dissemos paz, agora dizemos vitória. Não vamos tentar dar-nos bem com os terroristas russos", frisou Volodymyr Zelensky.
A data, que comemora este ano o 31.º aniversário da independência da Ucrânia tem sido assinalada com restrições e medidas adicionais de segurança um pouco por todo o país, devido ao receio de mais ataques russos numa semana de forte simbolismo.
Ao longo dos últimos seis meses, o conflito no território ucraniano deixou um rasto de destruição no país, provocou um número incerto de vítimas civis e de prisioneiros, mobilizou milhões em ajuda militar e humanitária e suscitou sanções contra Moscovo e várias mudanças no cenário geoestratégico mundial.