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Ucrânia. Zelensky diz que o seu país vai lutar "até ao fim”

24 ago, 2022 - 09:42 • Lusa

Os seis meses da guerra coincidem com o 31.º aniversário da independência do país.

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O Presidente ucraniano durante um discurso à nação para assinalar o Dia da Independência do seu país que a Ucrânia vai lutar" até ao fim" sem "nenhuma concessão ou compromisso".

"Vamos lutar pela nossa terra até ao fim. Estamos a aguentar há seis meses. É difícil, mas cerramos os punhos e estamos a lutar pelo nosso destino", disse Volodymyr Zelensky.

"Para nós, a Ucrânia é toda a Ucrânia. Todas as 25 regiões, sem concessões ou compromissos", sublinhou.

"O que é para nós o fim da guerra? Antes dissemos paz, agora dizemos vitória. Não vamos tentar dar-nos bem com os terroristas russos", frisou.

A Ucrânia "renasceu" quando a Rússia invadiu há seis meses, sublinhou o presidente ao assinalar 31 anos de independência do seu país da União Soviética.

Num discurso emocionado aos seus compatriotas, Zelenskiy disse que o ataque tinha reavivado o espírito da nação. "Uma nova nação apareceu no mundo no dia 24 de fevereiro às 4 da manhã. Não nasceu, mas renasceu. Uma nação que não chorou, não gritou nem se assustou. Uma nação que não fugiu. Que não desistiu. E não se esqueceu", disse ele.

Após dias de avisos de que Moscovo poderia usar o aniversário do Dia da Independência da Ucrânia para lançar mais ataques com mísseis contra as grandes cidades, Kiev estava invulgarmente tranquila e a segunda maior cidade, Kharkiv, estava sob recolher obrigatório após meses de bombardeamentos.

O aniversário ocorreu exatamente seis meses depois de a Rússia ter enviado dezenas de milhares de tropas para a Ucrânia.

Os seis meses da guerra coincidem com o 31.º aniversário da independência da Ucrânia, declarada em 24 de agosto de 1991.

Segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mais de 11 milhões de pessoas (cerca de 25% da população do país) atravessaram a fronteira desde 24 de fevereiro, o dia em que a Rússia invadiu a região de Donbass. Ou seja, um em cada quatro ucranianos fugiu do país desde o início do ataque ordenado por Vladimir Putin.

Nos últimos meses, quase cinco milhões voltaram ao país apesar da guerra não ter terminado, enquanto mais de seis milhões continuam refugiados pela Europa. Destes, só cerca de 3,8 milhões integram programas de proteção temporária para refugiados da Ucrânia.

Comentários
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  • Cidadao
    24 ago, 2022 Lisboa 09:06
    Nem poderia ser de outra maneira: a Rússia já disse ao que vinha e que "negociações à La Moscovo" significam aceitar tudo o que Moscovo quer, o que se indigna um estrangeiro como eu, imaginem então como indigna o Povo Ucraniano. A Guerra continuará, até uma vitória inequivoca, um impasse a arrastar-se no terreno, ou o desaparecimento de Putin, desde que substituído por alguém decente.

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