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Luís Castro não confirma saída para o Al-Nassr, mas revolta-se: "Não podemos ser hipócritas"

30 jun, 2023 - 09:22 • Redação

Treinador português revela que só decidirá esta sexta-feira e indigna-se com as críticas por ponderar trocar o Botafogo pela Arábia Saudita: "Só agora é que sou fundamental?"

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Luís Castro não confirmou a saída do Botafogo para o Al-Nassr, na madrugada desta sexta-feira, deu prazo para a decisão e revoltou-se contra as críticas que lhe têm sido dirigidas por ponderar aceitar uma proposta que, financeiramente, admite ser muito tentadora.

O Botafogo empatou, a uma bola, frente ao Magallanes, do Chile, na última jornada da fase de grupos da Copa Sul-Americana, e no final do jogo o treinador português foi alvo de assobios e insultos dos adeptos do Botafogo. Durante a semana, também tem sido criticado pela imprensa brasileira. Em conferência de imprensa, após a partida, Luís Castro apontou o dedo a quem o julga por ponderar rumar à Arábia Saudita.

"O que fazem quando recebem uma boa proposta de trabalho? Pensam nela ou colocam-na de lado? Todos aqui são iguais. Não sejamos hipócritas. Vocês sabem que comigo é olhos nos olhos", sublinhou.

Luís Castro esclareceu que apenas recebeu uma proposta oficial do Al-Nassr na quarta-feira e que terá uma reunião com o dono do Botafogo, o empresário norte-americano John Textor, esta sexta-feira, para falar sobre o futuro: "Só vou tomar uma posição depois disso."

"Se eu tomar a decisão após a reunião, sei que a família estará instalada. Sei que há um plantel pronto para todas as batalhas. Fique ou saia, o Botafogo é muito maior do que as pessoas. O Botafogo jamais será maltratado como maltratam muitas pessoas", acrescentou.

"Só agora é que sou fundamental?"


Luís Castro lembrou que chegou ao Botafogo "para reorganizar o clube, para formar um plantel competitivo e lutar por algo maior".

Era um clube que vinha da Série B, com vários problemas, não tínhamos campo de treino, o estádio tinha um relvado problemático e colocamos mãos à obra. Conseguimos um lugar para treinarmos e hoje conseguimos balneários para todos os lugares, abandonámos compartimentos de dois, três blocos, hoje temos refeitórios. Felizmente hoje temos um estádio renovado, com melhores condições, temos uma equipa que continua na Sul-Americana, que está em primeiro lugar no Brasileirão e que me deixa muito feliz. Todos foram muito importantes", salientou.

O técnico português, de 61 anos, mandou, ainda, um recado a quem o acusa de estar a abandonar um projeto do qual é a peça principal.

"A sociedade criou regras para nos tirar a liberdade. Eu não alinho, sou livre, só tenho de respeitar o meu contrato. A minha liberdade está emparedada por um contrato. E eu respeito. Eu sou fundamental no projeto? Então, porque não estão 50 milhões de reais na minha cláusula para eu não sair? Só agora é que sou fundamental?", atirou.

Em frente na Copa Sul-Americana


O Botafogo empatou, a um golo, na receção ao Magallanes. Marlon Freitas adiantou os brasileiros, mas foi expulso ao minuto 67, e os chilenos aproveitaram para empatar, ao cair do pano, por Yorman Zapata.

A equipa de Luís Castro já tinha garantido o apuramento para a fase a eliminar da prova, no segundo lugar do grupo A, com dez pontos, menos dois que o primeiro classificado, a Liga de Quito, do Equador.

No Brasileirão, o Botafogo encontra-se num surpreendente primeiro lugar, com 30 pontos, mais sete que o segundo, o Grémio, e mais um que o Flamengo, terceiro, e o campeão Palmeiras, de Abel Ferreira, quarto.

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