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Presidente da liga espanhola arrasa Superliga. "Conceito caiu no ridículo"

21 abr, 2021 - 16:51 • Lusa

Javier Tebas diz que não se sente traído pelos três clubes espanhóis envolvidos no projeto, mas diz que "quando se faz uma coisa às escondidas significa que estás a ocultar algo que não achamos bom para ninguém".

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O presidente da Liga espanhola, Javier Tebas, considerou que o "conceito da superliga europeia caiu no ridículo", depois de a maioria dos clubes fundadores ter anunciado o abandono do projeto.

"A Superliga caiu no ridículo, não sei se os clubes também, mas o conceito sim. Ficou demonstrada uma ignorância completa dos líderes sobre o que é a indústria do futebol, e sobre os adeptos, e não só em Espanha", disse Tebas, garantindo que já há algum tempo o tinham alertado para a possível reação dos adeptos ingleses.

O líder de La Liga considerou que o falhanço do projeto da Superliga não é uma vitória pessoal, mas sim do futebol europeu: "Quem ganhou esta batalha foi o futebol, espanhol e europeu. Isto não era uma batalha contra ninguém. A criação de uma Superliga era perigosíssima para a estabilidade do futebol europeu, e logo do futebol espanhol. A batalha ganhou-a o futebol e não eu".

Javier Tebas garantiu que não se sente traído pelos três clubes espanhóis envolvidos no projeto - FC Barcelona, Atlético de Madrid e Real Madrid - admitindo que "era algo de que já se falava há algum tempo", mas acrescentou: "quando se faz uma coisa às escondidas significa que estás a ocultar algo que não achamos bom para ninguém".

Tebas explicou que na quinta-feira vai reunir-se com os clubes da La Liga, considerando que o Real Madrid terá de dar algumas explicações aos restantes clubes.

"O Real Madrid está representado em alguns órgãos da La Liga, terá de dar explicações aos clubes e não a mim. Terá de explicar o que fez às escondidas", afirmou.

Apenas o Real Madrid e o Barcelona continuam oficialmente vinculados ao projeto, depois da desistência dos três clubes italianos e dos seis ingleses, que deram o mote para a derrocada do projeto.

No domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.

A competição previa ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores -- apesar de só terem sido revelados 12 -- e outros cinco, qualificados anualmente.

UEFA e FIFA confirmaram que os jogadores das equipas que disputem a Superliga serão banidos dos Europeus e Mundiais e proibidos de representar as suas seleções. A UEFA já está a estudar uma forma de excluir, com efeitos imediatos, os 12 clubes fundadores da Superliga das competições europeias.

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