09 set, 2022 - 20:11 • Inês Braga Sampaio
O presidente do Benfica, Rui Costa, explica a adaptação falhada de Roman Yaremchuk com a barreira linguística e a guerra na Ucrânia.
"As pessoas não fazem a menor ideia do que este rapaz passou ao longo desta última época", declara Rui Costa, em entrevista à BTV, exibida esta sexta-feira, após questionado sobre a venda do avançado ao Club Brugge, um ano depois de ter custado 17 milhões de euros por 75% do passe.
O presidente do Benfica lembra que Yaremchuk saiu da zona de conforto, ao trocar o Genk, da Bélgica, pelo Benfica, e que teve dificuldades.
"Vem para um clube desta dimensão, tem dificuldade de adaptação inicial também em relação à língua e por aí fora. E depois inicia-se uma guerra no país dele [na Ucrânia, após invasão da Rússia], com os pais no meio da guerra. Nas primeiras duas ou três semanas de guerra, o Yaremchuk perdeu seis quilos. Apresentava-se nos treinos sempre com uma disposição tremenda, mas com uma dificuldade real de poder fazer aquilo que ele sabe fazer, condicionado por estes fatores", conta.
Quando apareceu a possibilidade de regressar à Bélgica, "a sua zona de conforto", Benfica e Yaremchuk entenderam que era a melhor opção.
"Entendemos ambos que era o melhor para as duas partes", explica.
O Benfica vendeu Roman Yaremchuk ao Club Brugge por 16 milhões de euros, a que podem acrescer três milhões, dependentes da concretização de objetivos coletivos e individuais. Ou seja, um total de 19 milhões de euros. Além disso, terá direito a 10% de uma futura venda do ucraniano, caso o valor desse negócio seja igual a superior a 10 milhões de euros.