Não está em causa o gosto pela seleção, mas sim a vontade de conciliar com clube. É desta forma que Rui Costa, presidente do Benfica, reage à saída de João Mário da seleção nacional, o segundo atleta das águias esta época, depois de Rafa Silva.

Em declarações no jantar de fim de época das águias, o dirigente respeita a decisão do seu jogador.

"Enquanto português, é menos um bom jogador na seleção. Respeito a decisão de João Mário enquanto presidente e ex-jogador. Não está em causa gostarem, ou não, da seleção. Representaram a seleção durante anos e anos, isso não se coloca em causa. Agora um jogador chega a uma altura da carreira e pode achar que já não tem mais nada para dar, ou porque não consegue ou conciliar as duas coisas", atira.

Rui Costa dá ainda o seu exemplo pessoal: "Quando acabou o Euro 2004 também disse que o meu tempo chegou ao fim e tive o maior orgulho de jogar na seleção".

O selecionador nacional Roberto Martínez esclarece que não teve, nem houve, qualquer problema com João Mário que motivasse a decisão, anunciada pelo jogador, de deixar a seleção nacional.

"A decisão dele não tem a ver com o que se passou no estágio de março. É normal que os jogadores não fiquem contentes por não jogar", refere, quando levantada a possibilidade de João Mário estar insatisfeito por não ser mais utilizado na seleção.

O treinador espanhol lamenta e revela que o nome do médio estava na lista de convocados, mas respeita a decisão tomada.

"É uma situação natural, fruto de uma decisão pessoal. O João Mário era parte desta convocatória, mas ele ligou para os nossos dirigentes. Eu ainda não falei com o João Mário. Falarei com ele para agradecer tudo o que fez pela seleção", disse.

João Mário, de 30 anos, despede-se da seleção nacional, depois ser campeão nacional pelo Benfica, com 56 internacionalização. O médio fez parte da equipa campeã da Europa em 2016, em França.