Vítor Paneira considera que a falta de atitude do Benfica após o empate com o Moreirense é o reflexo de que a "equipa não está junta".

Em entrevista a Bola Branca, o antigo jogador e capitão das águias constata que Nélson Veríssimo tem pela frente uma tarefa difícil, porque o grupo "parece que está um pouco partido". Os problemas que têm vindo a público abriram feridas que ainda não sararam e que estão de alguma forma a travar uma melhor prestação do Benfica.

O empate com o Moreirense, e nomeadamente a forma como não reagiram após o golo de Darwin, motivou uma reação adversa dos adeptos no final e o próprio Paneira recorda outros tempos em que, apesar de alguns maus momentos, os jogadores davam tudo em campo: "Têm de jogar à Benfica."

"Faltou, após o empate, que a equipa tivesse crença e vontade de querer ganhar. Isso é mau e são aspetos que podem pesar numa equipa de futebol que tem de ser ganhadora. Não ter esse princípio de arregaçar as mangas e dar tudo", esclarece.

Janeiro e fevereiro "podem ser maus para o Benfica". A disputa e, se possível, a conquista da Taça da Liga torna-se fulcral para o Benfica para alterar esta fase negativa e "trazer nova aragem", para que pelo menos os encarnados possam, no campeonato, "chegar ao segundo lugar".

Repetir Bruno Lage é complicado


Vitor Paneira considera muito complicada a tarefa de lutar pelo título, pois à frente da equipa de Nélson Veríssimo estão os dois rivais, com FC Porto a nove e Sporting a seis pontos de distância.

"É possível com uma atitude diferente, é isso que compete aos jogadores", acrescenta.

O feito de Bruno Lage não está esquecido, mas Paneira lembra que só havia um adversário na corrida ao primeiro lugar e que Nélson Veríssimo "herdou um balneário que já vinha ferido", pelo que a tarefa é agora bem mais improvável.

"Há coisas na vida que não se repetem", finaliza o antigo jogador e internacional português.

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