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Begoña Iñiguez e Olivier Bonamici comentam, semanalmente, o país, os portugueses e a Europa. O ponto de vista espanhol e francês para ouvir à sexta-feira às 10h20.
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Visto de Fora - O país visto por dois jornalistas estrangeiros a viver em Portugal - 06/04/2018

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Os partidos extremistas deixaram de ser anti-União Europeia

06 abr, 2018 • Ricardo Conceição


Viktor Orbán deverá vencer as legislativas de domingo na Hungria, mas as sondagens preveem que não vá além da maioria simples. A extrema-direita continua a crescer nalguns países europeus, mas segundo Olivier Bonamici já não são anti-Europa.

“Há uma mudança radical nestes partidos”, que queriam sair da Europa e agora “querem usar a Europa para aplicar o próprio programa. É uma mudança radical. é uma nova estratégia muito mais subtil e pode ser mais perigoso”, diz Olivier Bonamici.

No próximo domingo, Viktor Orbán deverá vencer as eleições legislativas na Hungria e assim, conquistará o terceiro mandato como primeiro-ministro. Porém, Orbán não deverá ir além da maioria simples, segundo as sondagens. E não está posta de lado a hipótese de uma coligação negativa no parlamento Budapeste.

“Hungria é um exemplo do que está a acontecer na Europa e quanto mais peso tiver mais perigoso será”, acrescenta Begoña Iñiguez. Para os comentadores do Visto de Fora esta é mais uma oportunidade de aferir o crescimento dos extremismos na Europa.

Nesta edição, há ainda lugar a elogios à diplomacia portuguesa pela forma que como está actuar na crise que opõe o Reino Unido à Rússia. Ao chamar a Lisboa para consultas o embaixador português em Moscovo e a não adesão à política de expulsão de diplomatas portuguesa revela sagacidade. A diplomacia “é do que melhor tem este país” e é normal que “tenha actuado assim” diz Begoña Iñiguez.

Para Olivier Bonamici, “Portugal não tem de seguir automaticamente as decisões de França e Reino Unido e acho que esteve bem”. Com esta política, diz o jornalista francês, Lisboa consegue o melhor de dois mundos: está ao lado dos aliados e ao mesmo tempo não hostiliza a Rússia protegendo interesses econômicos.

Nesta edição do Visto de Fora ainda se falou da Catalunha e de Carles Puigdmont, que para já, continua na Alemanha. Os comentadores entendem que as intenções independentistas continuam a perder batalhas em Espanha e na Europa.

E por cá?

A contestação no setor das artes é um dos temas centrais desta edição. Os nossos comentadores entendem que em Portugal a cultura não sobrevive sem subsídios e que é um erro não apostar mais no setor, conciliando os interesses da defesa do património e da criação artística.

“Em Espanha, os artistas queixam-se de falta de apoios”, mas o nível de produção é incomparavelmente maior do outro lado da fronteira, lembra Begoña Iñiguez. A jornalista espanhola salienta ainda que há grande investimento público e privado, por exemplo, no cinema.

Nesta edição do "Visto de Fora" ainda há tempo para falar do festival da Eurovisão, ou melhor das expectativas em relação ao impacto do evento em Lisboa e Portugal. Begoña Iñiguez não tem dúvidas sobre o impacto do festival na cidade e no país. Já Olivier Bonamici desconfia. O jornalista francês foi fazer perguntas, tentou reservar quartos de hotel e diz-se “chocado” com um um entusiasmo com números irreais em relação à vinda de largos milhares de adeptos da Eurovisão.

Neste "Visto de Fora" há tempos para elogios à diplomacia portuguesa pela forma como se posicionou na crise com a Rússia. Há ainda: Ronaldo e Folar da Páscoa.

E se tem sugestões para o Índice de Tugalidade pode enviá-las para vistodefora@rr.pt (também estamos disponíveis para reclamações).


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  • João Silva
    21 abr, 2018 Braga 12:10
    Bom dia, gosto muito desta vossa rubrica (visto de fora), é importantíssimo sabermos o que outros pensam de nós. Gostaria de enviar uma sugestão para o índice de tugalidade que é, o que é uma (catrefada)? Aqui no norte é uma grande quantidade de qualquer coisa. Tudo de bom, um abraço.