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“Ainda vale a pena tirar um curso superior”

Henrique Monteiro

“Ainda vale a pena tirar um curso superior”

21 jun, 2022 • Olímpia Mairos


O comentador aborda o relatório “Estado da Nação: Educação, Emprego e Competências em Portugal” que dá conta que os salários, na última década, só subiram para os portugueses menos qualificados.

O comentador d’As Três da Manhã assinala que temos uma geração mais qualidade e menos bem paga.

E tal, deve-se, no seu entender, a duas questões: “por um lado, mostra a falta de pujança das empresas portuguesas, que quando contratam quadros e contratam trabalhadores indiferenciados, não pagam bem, acabam a pagar mal” e a uma “política de Governo, que já é antiga, e que tem sido tentar diminuir a desigualdade, não através de mecanismos em que pudessem todos ganhar melhor, mas através de mecanismos em que os que ganham mais passam a ganhar menos e vão indo ao encontro, ou seja, àquilo que se chama na sociologia a proletarização da classe média”.

Ainda assim, Henrique Monteiro entende que “ainda vale a pena tirar um curso superior”.

“Não é indiferente ter um curso superior ou não ter um curso superior, depois em matéria remuneratória”, sublinha, acrescentando que terá maior “probabilidade de encontrar emprego, mesmo que seja como caixa num supermercado”.

Na última década, o salário médio, em Portugal, só aumentou para os menos qualificados, segundo a edição do “Estado da Nação: educação, emprego e competências em Portugal” - o relatório anual da Fundação José Neves.

Entre 2011 e 2019 os trabalhadores somaram perdas no salário real, ter uma licenciatura ainda garante um ordenado melhor, mas a diferença é cada vez mais curta.

Em comparação com os restantes Estados-membros, Portugal é dos que paga pior e tem menor produtividade.

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  • Cidadao
    21 jun, 2022 Lisboa 13:16
    Claro que vale a pena tirar um curso superior. Como tencionam ter uma boa colocação no Estrangeiro, sem esse curso? Estamos a falar de emigrar de imediato, mal se tenha o diploma, certo? É que se é para trabalhar e viver cá, o 12º ano quanto muito, já chega. Assim como assim, por cá vão varrer ruas, Padaria Portuguesa, ou ser empregados mal pagos da hotelaria, ou caixas de supermercado e tudo sem plano de carreiras e mal pagos qb, que nunca chegarão a quadros nem saem da cepa torta. Para isso, o 12º basta. Aqueles que têm ambição, ir para fora deve ser o objetivo principal. E será assim, enquanto o tecido empresarial pensar, como pensa.
  • Arménio
    21 jun, 2022 Braga 11:15
    Acreditar na lengalenga do aumento de salário devia envergonhar os políticos. Devido às pressões tidas muito lentamente aumentaram o salário mínimo e nada mais. O Pazzos fez um retrocesso nos salários e resolveu meter a mão no bolso do reformados. É de espantar quando um médico me dizia : Eu já não sei qual é o minha reforma. A Espanha adaptou os salários quando da entrada na UE. Nós portugueses ficámos à espera de um milagre. Atualmente os vencimentos na Espanha são cerca de três vezes mais que os nossos. O custo de vida na Espanha sendo nalgumas coisas mais barato é praticamente igual. A começar pelo Covid tudo é milagre. A descentralização que nada resolve , por sermos um pequeno país vai acabar por ser muito mais dispendioso e implicar mais lugares para políticos como se já não tivéssemos a mais. A realidade é que pagamos um imi desproporcionado e um irs que ultrapassa os limites dos limites , porque cerca de 30% não pagam . Na realidade todos deviam pagar consoante o que recebem. Igualdade, desigualdade é também uma conversa que só serve os interesses de alguns. A política deixa -nos distantes .