21 abr, 2021 - 06:59 • Pedro Azevedo , Carlos Dias
Fernando Santos não repete a profecia que se tornou célebre no Euro 2016, no entanto, assume que a ambição para o Euro 2020 é regressar a casa apenas no dia 12 de julho, isto é, depois de disputar a final.
Três semanas antes do fim do Europeu de 2016, Fernando Santos revelou que já tinha avisado a família que só regressaria a casa no dia seguinte à final da competição. O certo é que conduziu a equipa até à final e, a 10 de junho de 2016, em Paris, Portugal derrotou a França, sagrando-se, pela primeira vez na história, campeão da Europa de futebol.
“Quando fiz essa afirmação no Europeu de 2016, foi com a convicção de que Portugal estava no bom caminho para poder ser campeão. Eu não tinha dúvidas. Parecia-me que o caminho estava a ser encontrado para aquela equipa fazer um campeonato brutal. E fez, porque foi campeão da Europa. Espero que, neste campeonato, a equipa tenha esse crescimento, também na primeira fase da preparação e depois ao longo da competição, que nos permita regressar a Portugal só no dia 12 de julho”, refere o selecionador nacional, numa entrevista especial a Bola Branca.
"Candidato", "favorito", "feio" e "bonito" foram as palavras de acento tónico durante o Euro 2016. Discutiu-se muito a forma como Fernando Santos estabeleceu metas, bem como a qualidade do futebol apresentado.
“É uma semântica para a qual já não dou para esse peditório. Portugal vai apresentar-se neste Campeonato da Europa para manter o seu título de campeão. É seguro. A seleção vai para fazer tudo para que o título de campeão europeu continue na posse de Portugal", garante.
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“À partida, anuncio a 20 de maio os convocados e no dia 27 iniciamos os treinos na Cidade do Futebol. O que pretendemos fazer é aproveitar o tempo para treinar", refere Fernando Santos.
O selecionador recorda que "há um ano" que não tem "um dia de treino com os jogadores". Algo negativo, visto que "não se consegue melhorar rotinas e a qualidade de jogo sem treinos".
"Por essa razão, optei por ter só dois jogos de preparação e não três. Neste momento, entendemos que é muito mais importante treinar do que competir em jogo antes de chegar ao Europeu. Mas claro que precisamos de ter dois jogos para verificarmos se o que estamos a treinar vai ser consubstanciado em jogo", ressalva.
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O primeiro jogo será frente à Espanha, um particular "importante", a 4 de junho, em Sevilha, "para testar a capacidade da equipa". O segundo será diante de Israel, em casa, a 9 de junho.
"Procuramos um adversário que joga a três porque Alemanha e a Hungria jogam com uma base de três defesas”, explica Fernando Santos.
Depois da concentração da equipa a 27 de maio na cidade do futebol, Portugal viaja duas semanas depois para Budapeste. A capital da Hungria será o quartel-general da equipa das quinas.
“Viajaremos no dia 10 de junho e o nosso centro de estágio será em Budapeste. Estudamos as hipóteses possíveis e o que procuramos foi encontrar soluções para que os jogadores possam descansar e treinar”, argumenta Fernando Santos.
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O Euro 2020 vai ter adeptos nas bancadas. O cenário contrasta com aquilo a que os jogadores estão habituados desde que as provas foram reatadas em plena pandemia da Covid-19.
O factor motivacional é válido para todos, assinala o selecionador nacional. “A presença de adeptos mexe pela positiva. O estádio cheio é sempre motivante para todos os jogadores”, sublinha.
A meia centena de dias do início do Campeonato da Europa, Fernando Santos deixa uma mensagem aos adeptos portugueses.
“Mantenham o apoio que deram à nossa equipa desde o início. O povo tem sido fantástico desde a caminhada para o Europeu de 2016. Precisamos de todos e, da nossa parte, tudo iremos fazer para que sejam felizes", promete, nesta entrevista especial à Renascença.