09 abr, 2021 - 17:16 • Redação
Jorge Jesus, treinador do Benfica, compreende quem defende a redução do campeonato para 16 equipas, proposto pela Liga de Clubes, mas também entende os argumentos dos clubes mais pequenos que são contra a redução.
"Cada um puxa a brasa à sua sardinha e portanto percebo as duas partes e percebo perfeitamente a forma de pensar das duas partes em função dos seus interesses", começa por dizer.
O técnico das águias reconhece que uma redução das equipas ajudaria na gestão das equipas que disputam as competições europeias: "As equipas que lutam pelas competições europeias ficam com mais jogos em enos dias para recuperar. Para os grandes é o ideal, como é óbvio, mas também tens de olhar para os que não vão à Europa. Se houver menos jogos, há menos competição".
Sobre a proposta da meia-final da Taça da Liga ser disputada apenas a uma mão, Jesus diz que "não é o facto de tirares um jogo que vai ser positivo ou negativo, mas é muito melhor para as equipas que querem chegar à final jogar uma meia-final só a um jogo que a dois não há dúvida nenhuma", diz.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) propôs a redução do campeonato de 18 para 16 equipas na temporada 2022/23, com o intuito de evitar sobrecarga do calendário, face à proximidade do Mundial 2022, no Catar. Esta alteração permitiria "a preparação do novo ciclo da UEFA 2024/2027", lê-se em comunicado.
A LPFP também propõe a criação de um "play-off" entre o terceiro e o quarto classificados da II Liga, a uma partida, em casa do primeiro.
O vencedor disputaria, depois, um segundo "play-off" frente ao 16.º classificado da I Liga, com o acesso ao principal escalão em jogo. Este mesmo formato da II Liga seria, então, replicado para a Liga 3, nova competição que encaixará entre a II Liga e o Campeonato de Portugal e que ficará ao abrigo da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).