08 fev, 2021 • Celso Paiva com Vasco Gandra
Na semana passada, os Estados-membros deram ‘luz verde’ ao formato proposto pela presidência portuguesa do Conselho para a Conferência sobre o Futuro da Europa que deverá arrancar no próximo mês de Maio.
A Conferência sobre o Futuro da Europa será um fórum público de discussão entre os cidadãos e as instituições europeias. Ainda é necessário acertar os preparativos mas o objectivo é dar mais voz aos europeus sobre a acção e as políticas da União Europeia.
A conferência deverá durar cerca de dois anos, com múltiplos eventos e debates por toda a Europa com cidadãos de diversas origens e de todos os quadrantes: as autoridades nacionais e locais, os parceiros sociais e a sociedade civil em geral são convidados a participar.
Em conjunto, deverão abordar os desafios políticos internos e externos que o bloco comunitário enfrenta. No fundo, dizer que União Europeia pretendem construir juntos no futuro.
Nas suas propostas para moldar a conferência, a Comissão propôs duas vertentes para os debates. Por um lado, centrar as discussões nas prioridades políticas... por exemplo: a luta contra as alterações climáticas, uma economia que funcione para todos ou a transformação digital da Europa.
A segunda vertente deverá centrar-se em temas especificamente relacionados com os processos democráticos e as questões institucionais: por exemplo, a criação ou não de listas transnacionais para as eleições europeias.
A Conferência deverá arrancar em maio próximo, com um ano de atraso devido à pandemia.
Bruxelas comprometeu-se a dar seguimento aos resultados e às recomendações que sairem da Conferência sobre o Futuro da Europa.