07 fev, 2021 - 13:27 • Ana Lisboa
"O diálogo entre a vida e a fé nos dispositivos digitais" é o tema do encontro "Clique ao Toque" 2021, que vai decorrer no próximo dia 20 através da plataforma Zoom. Já no passado fim-de-semana houve uma sessão, também à distância.
Trata-se de uma jornada de formação destinada aos agentes da pastoral em geral.
Esta sexta edição "persegue os objetivos de sempre, que é ajudar a compreender, a pensar e a agir de forma consciente naquilo que são os dispositivos da cultura digital e a realizar a missão que nos é confiada", refere o padre Luís Miguel Rodrigues, um dos organizadores deste encontro.
A iniciativa "Clique ao Toque" tem como propósito descobrir de que forma o digital pode ser usado "como um recurso no apoio em contextos formais e informais de aprendizagem". Daí, esta iniciativa "constituir-se como uma resposta a esses anseios".
Além das conferências, há workshops que apresentam "algumas práticas e propostas de utilização dos recursos digitais para a educação e evangelização".
Os responsáveis defendem que, para haver uma "utilização proveitosa do digital, implica promover estratégias e competências nos jovens".
Por isso, cabe aos professores e catequistas adotarem práticas "atrativas e inovadoras" que permitam aos mais novos aprender "de forma mais ativa, dinâmica e inovadora".
O Facebook, o WhatsApp e o Instagram são os recursos mais usados nas práticas de evangelização, "estão no topo das prioridades", reconhece o também professor da Faculdade de Teologia na Universidade Católica em Braga.
Em seu entender, há um marco temporal que é o início da pandemia que marca um antes e um depois da presença da Igreja no mundo digital.
"Se até março de 2020, muitas vezes estas possibilidades eram olhadas de soslaio, porque não se conhecia, porque não se valorizava, porque não se achava importante, com o primeiro confinamento verificámos que estas realidades são imprescindíveis”, diz à Renascença.
“Daí que este ano tivéssemos um incremento nas inscrições, estou certo, porque cada vez mais se percebe que pensar a transmissão cultural e religiosa através dos meios digitais é imprescindível, seja para a pastoral comunitária, seja para a presença da Igreja no ensino e na escola", conclui.
Nesse sentido, o feedback da primeira sessão, no último fim de semana, foi muito bom, reconhece o padre Luís Miguel Rodrigues: "pelo que pude ver ao longo do dia e dos ecos que me foram chegando, é que correu bem. (...) Tivemos uma grande adesão, não só nas inscrições, mas na permanência ao longo do dia, porque aqueles que se inscreveram, estiveram presentes durante o dia todo. Isso é algo que nos alegra, porque mostra do seu interesse. E o interesse por estas realidades tem crescido muito ultimamente".