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Sem-abrigo. Comunidade Vida e Paz quer “uma estratégia que seja transversal a todos os municípios"

10 mai, 2024 - 07:25 • Teresa Almeida , João Malheiro

Horácio Félix, da Comunidade Vida e Paz, diz acreditar numa estratégia comum a todas as autarquias “uma estratégia que seja transversal a todos os municípios".

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A Comunidade Vida e Paz (CVP) acredita que uma política comum a todos os municípios será o melhor para fazer face ao problema das epssoas em situação de sem-abrigo.

Esta posição da CVP é assumida nesta sexta-feira em que a Câmara de Lisboa se reúne com os municípios da Área Metropolitana para discutir em conjunto que medidas adotar para fazer face ao aumento do número de pessoas em situação de sem-abrigo.

Nos últimos anos, o flagelo do número de pessoas em situação de sem-abrigo tem vindo a aumentar, sobretudo na Grande Lisboa. Para fazer face a este problema que atinge de forma mais efetiva a capital portuguesa, Carlos Moedas, Presidente da Câmara, reúne esta sexta-feira com os autarcas dos municípios da Grande Lisboa, também eles atingidos por este problema.

À Renascença, Horácio Félix, da Comunidade Vida e Paz, diz acreditar numa estratégia comum a todas as autarquias “uma estratégia que seja transversal a todos os municípios".

"Porque eu até costumo dizer que que se um município trabalhar muito bem a problemática do apoio às pessoas em situação de sem abrigo vai ter cada vez mais. Ou seja, se eu tiver dois municípios, se tiverem os dois o mesmo número de pessoas em situação de sem abrigo, e se num um município tiver um apoio considerável e o outro não, no final do ano, o que tiver menos apoios terá menos pessoas, porque eles se vão deslocalizar para aquela que dá mais", refere.

"E isto tem a ver com a sua mobilidade. Portanto o ideal é terem todos a mesma política”, acrescenta.

Explica este responsável da Comunidade Vida e Paz que esta será a será a única forma de evitar fenómenos extremos em certos municípios. Um fenómeno que tem vindo a crescer sobretudo na grande Lisboa, Porto e Algarve e que tem no aumento do consumo de drogas e na imigração a explicação para esse aumento.

Horácio Félix diz que essa é a situação que vive nas ruas “o fenómeno da imigração por exemplo, que trouxe desafios diferentes e novos, por isso acredito que é isso que a Câmara de Lisboa está a fazer. Está a tratar de um assunto que não é exclusivamente seu”.

Um fenómeno crescente cuja dimensão é difícil de determinar com exatidão.

Os números existentes são de há dois anos e apontam para mais de 10 mil pessoas em situação de sem-abrigo em todo o país, com Lisboa a liderar os municípios afetados, onde, segundo a Comunidade Vida e Paz, deverão existir milhares de pessoas nesta condição.

Só na capital, a comunidade Vida e Paz apoia nesta altura cerca de 600 pessoas em condição de sem-abrigo.

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