23 dez, 2020 - 09:35 • Pedro Azevedo
Domingos Paciência terminou a carreira de futebolista em 2001. Vinte temporadas depois, ainda é o melhor marcador da Supertaça com seis golos marcados.
“É um orgulho. Pelo pelos uma vez por ano, serei lembrado por um feito que me deixa orgulhoso. A Supertaça é disputada pelo campeão nacional e o vencedor da Taça. É sinal de que ganhei campeonatos e taças, para ter estado presente nas decisões da Supertaça. Estar à frente de nomes como Jordão e Fernando Gomes é um registo que me marca, porque sempre que me lembro sinto uma enorme felicidade", assume, em entrevista a Bola Branca.
Domingos não sabe se tão cedo alguém poderá ultrapassar os seis golos que marcou. Contudo, espera que isso aconteça: "Seria sinal de que Portugal continua a ter avançados e portugueses, se possível."
Dos seis golos que apontou nos jogos de decisão da Supertaça, o antigo jogador elege como mais marcante o da finalíssima de Paris, em 1995. O FC Porto bateu o Benfica por 1-0 com um golo de Domingos Paciência. “A Federação teve a feliz ideia de levar a finalíssima aos emigrantes, em Paris. Esse jogo marcou-me e é um momento de enorme felicidade quando me recordo que marquei o único golo e foi decisivo nessa edição da Supertaça”, assinala.
FC Porto e Benfica encontram-se numa final de Supertaça pela 12.ª vez. O FC Porto venceu em 10 ocasiões e o Benfica uma.
Apesar de o histórico ser favorável ao FC Porto, Domingos Paciência acredita que "não há favorito" para a final de Aveiro.
"O ponto mais forte das duas equipas é o aspeto ofensivo. As equipas conseguem criar várias oportunidades de golo, mas ambas em termos defensivos ainda não estão consolidadas. Tem-se notado alguns momentos de fragilidade defensiva quer no FC Porto, quer no Benfica. E esse dado confirma-se no facto de os guarda-redes Marchesín e Vlachodimos já terem feito grandes defesas na presente época. As equipas ainda têm de melhorar o aspeto defensivo”, avalia Domingos Paciência.
Os aspetos que podem ser decisivos no clássico são sobretudo defensivos. Em jeito de antevisão, Domingos Paciência regista o que pode marcar a diferença na final da Supertaça.
“O FC Porto beneficia da velocidade que impõe no seu jogo. Gosta de ser uma equipa agressiva e ter um ritmo alto. O FC Porto não perde muito tempo com circulação e procura mais a profundidade”, destaca Domingos Paciência, na equipa azul e branca.
No Benfica, o antigo avançado realça “a dinâmica ofensiva com um jogo mais apoiado e grande criatividade. "O que pode fazer a diferença no jogo é a defesa que estiver melhor”, conclui.
Enquanto jogador, Domingos Paciência, de 51 anos, esteve em 10 finais da Supertaça e conquistou seis troféus, todos pelo FC Porto.
Na tabela dos melhores marcadores das 41 edições da Supertaça, Domingos Paciência é o melhor marcador, com seis golos, à frente de Jordão (cinco) e Fernando Gomes (quatro).
FC Porto, campeão nacional e vencedor da Supertaça, e Benfica, vice-campeão e finalista vencido, disputam a Supertaça Cândido de Oliveira esta quarta-feira, às 20h45, no Estádio Municipal de Aveiro. A arbitragem será de Hugo Miguel. Jogo com relato em direto na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.