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Jorge Silvério: “Não há tónico que ultrapasse a fadiga física”

04 dez, 2020 - 18:55 • Pedro Azevedo

Especialista em Psicologia do Desporto adverte para os cuidados a ter, numa fase de forte densidade competitiva de FC Porto, Benfica e Braga, apesar do estímulo mental que representa o apuramento para a fase seguinte das provas europeias.

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A semana europeia de clubes foi muito positiva para FC Porto, Benfica e Braga, com o apuramento assegurado para a fase seguinte das competições da UEFA. Se no plano mental, as notícias são boas, no plano físico as estruturas do futebol profissional dos clubes precisam de algumas cautelas.

“É um tónico importante porque os jogadores estão a conseguir cumprir objetivos propostos. Muitos deles estão também a conseguir os seus objetivos individuais colocados dentro dos objetivos de grupo que devem ser sempre os que prevalecem”, analisa Jorge Silvério, especialista em Psicologia do Desporto.

Na penúltima jornada da fase de grupos, o FC Porto com o empate frente ao Manchester City alcançou os oitavos de final da Liga dos Campeões. Benfica e Braga com os triunfos frente a Lech e AEK, asseguraram presença nos dezasseis avos de final da Liga Europa.

No plano físico, as cargas motivadas por um calendário muito denso são mitigadas mas não ultrapassadas pelo estímulo do sucesso desportivo.

“Em relação à fadiga é preciso ter algum cuidado porque a determinada altura não há tónico do ponto de vista mental que ultrapasse a fadiga física. Daí ser muito importante que as equipas técnicas e os departamentos médicos estejam muito atentos aos fatores de fadiga porque esta sobrecarga para algumas equipas em termos de calendário deve ser gerida com muito cuidado sob pena dos jogadores se poderem lesionar”, adverte Jorge Silvério, no espaço de opinião semanal em Bola Branca.

A importância da última jornada das provas europeias

As equipas já estão apuradas para a fase seguinte das provas da UEFA mas nos jogos da última jornada da fase de grupos, Jorge Silvério enumera os aspetos que poderão ser muito relevantes para FC Porto, Benfica e Braga.

“Ainda há objetivos importantes para atingir. Designadamente o primeiro lugar do grupo, na Liga Europa. Não acredito muito, dado que são jogos ao nível europeu que haja um relaxamento ainda que inconsciente dos jogadores. Em termos de gestão dos jogadores por parte dos treinadores principais, a jornada é importante", diz, antes de terminar.

"Não basta dizer que não há titulares e suplentes. É importante juntar a essas palavras os atos e os jogadores verem e terem a noção que são todos titulares. Este é um dos aspetos mais difíceis de se conseguir numa equipa e o facto de serem dadas oportunidades é muito importante para os nomes menos utilizados até agora. Esta gestão da equipa feita com inteligência pode assegurar um grupo coeso para a época”, refere o especialista em Psicologia do Desporto.

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