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FC Porto

Sérgio Conceição revela que foi por fazer cara feia que foi expulso em Paços

07 nov, 2020 - 12:40 • Redação

O treinador do FC Porto conta a sua versão do momento em que viu vermelho mostrado por Nuno Almeida, após o último jogo. Sérgio falha o jogo com o Portimonense. "A coisa boa disto é que não me podem expulsar da bancada", diz.

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Foi por fazer cara feira que Sérgio Conceição foi expulso, após o jogo de Paços de Ferreira, pelo árbitro Nuno Almeida.

O treinador do FC Porto apresenta a sua versão dos factos de um momento que resultou na sua suspensão por 15 dias e consequente ausência do banco no jogo com o Portimonense, deste domingo.

"Fui cumprimentar o árbitro e não disse absolutamente nada. Ouvi, depois, um comentário a dizer que a minha cara é sempre a mesma. Voltei para trás e vi amarelo. Queria falar dos quatro minutos [de descontos] e nesse momento levo o vermelho. A partir daí é ridículo, inacreditável", descreve.

Sérgio Conceição diz que o árbitro o chamou para lhe explicar o motivo do vermelho. "Expulsei-te pela tua cara e não por alguma coisa que tenhas dito", terá referido Nuno Almeida.

O treinador não se conforma, considera que foi expulso injustamente, depois daquele que elege como o pior jogo da sua carreira como treinador. O Porto perdeu com o Paços, por 3-2, mas os dias que passaram dão-lhe descontração para, com mais leveza, contar o que se passou em casa.

A cara do castigo e a relação pelo olhar

Um dos filhos do treinador do FC Porto assistiu à situação pela televisão e, dirigindo-se ao pai, disse-lhe que quando vai para o castigo é aquela a cara que ele lhe faz. "Mas tu não me expulsas de casa pelo olhar, pois não?", questionou Sérgio.

Trocas de olhares, expressões conhecidas, pensamentos cruzados. É também nisto que se baseia a comunicação entre Sérgio Conceição e o seu adjunto, Vítor Bruno, que terá a responsabilidade de orientar a equipa, a partir do banco, frente ao Portimonense.

"É como aqueles casais que se conhecem há algum tempo e basta um olhar para sabermos o que o outro tem de fazer. O Vítor Bruno está dentro das minhas ideias, conhecemo-nos muito bem. Vai ser um dos futuros grandes treinadores", prevê o técnico principal do FC Porto, depositando toda a confiança no seu número dois.

"A confiança é total e eu estou em comunicação com eles. Nesse sentido, não há problema nenhum. A coisa boa disto é que não me podem expulsar da bancada. Depende da forma como vou olhar para ele. Mas como olho sempre com carinho, ele não não me vai expulsou", recarrega Sérgio, voltando à expulsão de Paços de Ferreira.

O que ficou por analisar

O treinador considera que se falou muito desse episódio e que a comunicação social se "esqueceu de dar mérito ao Paços [que venceu o Porto], ao Boavista [que venceu o Benfica] e da vitória europeia do FC Porto sobre o Marselha".

"Nós perdemos o jogo e talvez tenha sido um dos jogos mais falados do campeonato português", observa.

Somando tudo, o treinador que diz ter sido "expulso pela cara carregada" conclui que ou terá de passar a cumprimentar os árbitros com máscara, ou deixa de os cumprimentar.

Este domingo, Sérgio Conceição não terá oportunidade de cumprimentar o árbitro António Nobre, nomeado para o FC Porto-Portimonense, porque, a cumprir castigo, estará na bancada.

Os campeões nacionais procuram regressar às vitórias no campeonato, depois da derrota em Paços, e dar sequência ao triunfo obtido a meio da semana frente ao Marselha para a Liga dos Campeões. O jogo, a contar para a 7.ª jornada da I Liga, está marcado para as 17h30 deste domingo.

Partida com relato na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.

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  • EU
    07 nov, 2020 PORTUGAL 21:31
    Antes de 25 de Abril de 1974, fui chamado para cumprir o Serviço Militar. Como já tinham passado por lá meus Irmãos, aquele ambiente para mim não era novidade. Assim, logo de início já estava precavido. Nos primeiros dias tive um comportamento normal, ou seja, o de apalpar o pulso e ver qual o temperamento e postura dos Militares do meu Pelotão, incluindo o Comandante do mesmo. Fui percebendo que o Oficial era vaidoso e MILITARISTA. Quando passava REVISTA, era seu hábito fazer perguntas e Nós na posição de sentido. Claro que em SENTIDO um Militar não se mexe nem fala. Quando algum RECRUTA respondia lá estava Ele a mostrar a autoridade que o GALÃO lhe conferia. Gostava muito de poder mostrar o poder que naqueles momentos tinha. Ao fim de uma meia dúzia de revistas, sempre que se colocava na minha frente, eu olhava-o de olhos bem abertos, mas com os DENTES CERRADOS e os lábios sempre fechados. Cerrava bem os dentes, pois assim sabia que não responderia mesmo, se PROVOCADO. Eu via no olhar Dele que não me olhava com bons OLHOS, mas era assim que tinha de me ver. O PODER Dele demonstrava-o nas notas que de quando em quando nos era dada, no que diz respeito ao APRUMO MILITAR. Na verdade, não me dei MAL durante esse tempo. E foi nesse tempo que FIZEMOS com que agora eu possa dizer o que estou e vou dizer ao Sérgio Conceição. NUNCA, mas nunca cumprimente(s) uma Equipa de Arbitragem, dentro ou fora dos BALNEÁRIOS. E no final de um jogo CERRA OS DENTES e retira-(te) para o Balneário.
  • José Cardoso
    07 nov, 2020 RIO MAIOR 14:58
    Duvido que S. C. esteja a falar a sério, mas enfim, como não estava presente tenho de acreditar.

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