O grito de ajuda do padre Fonseca, da Diocese de Pemba é feito na Renascença, numa altura em que a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (Fundação AIS) também decidiu lançar um apelo à solidariedade para com aquela população, vítima do terrorismo.

"Meus irmãos portugueses, por favor não esqueçam Cabo Delgado. O Povo de Cabo Delgado precisa urgentemente da vossa ajuda. A questão humanitária continua", exorta o padre Kwiriwi Fonseca.

O sacerdote afirma que "os estragos humanos" provocados pelos últimos anos de terrorismo obrigam a Comunidade Internacional a continuar atenta à região e lamenta que “a guerra na Ucrânia, e na Faixa de Gaza” tenham colocado “em segundo ou terceiro plano a nossa situação”. “Por exemplo, há pouco tempo ocorreu aqui um naufrágio em que morreram quase 100 pessoas na ilha de Moçambique, e a noticia quase passou despercebida”, recorda. O sacerdote defende, por isso a “necessidade de consistência na divulgação da nossa situação por parte da comunidade internacional”.

O Padre Fonseca afirma que, nos tempos mais recentes, voltaram os ataques islâmicos, e garante que as populações que regressam às suas terras continuam necessitadas "de tudo":

Em Portugal, a Fundação AIS lançou no seu boletim um apelo à solidariedade para com a Diocese de Pemba, para com as populações de Cabo Delgado vítimas desde o final do ano passado de uma nova e brutal onda de violência terrorista.