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Benfica-Tondela

“Faltaram 60 mil pessoas a puxar, mas isso não serve de desculpa”, diz Lage

04 jun, 2020 - 22:21 • Filipe d'Avillez

Natxo González reconhece que o aspeto físico vai ser decisivo nos próximos jogos.

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Bruno Lage considera que o empate contra o Tondela foi injusto e que o Benfica ficou agora sem margem para erros nas nove jornadas que faltam para o fim do campeonato.

“É um empate injusto. Fomos claramente a melhor equipa em campo, criámos várias hipóteses. Temos condições para jogar ainda melhor, mas elas condições que criámos, merecíamos ter vencido o jogo”, disse o treinador do Benfica.

Lage reconheceu as limitações da equipa no jogo desta quinta-feira, mas promete que “o Benfica ainda vai crescer, não tanto na dinâmica, mas em termos de ritmo, vai ser mais veloz”.

“Encostámos o Tondela, mas não foi suficiente. Não permitimos que o Tondela saíssem em transição. Criámos oportunidades mais que suficientes, quer pelo ar, pelo chão e de bola parada para marcar golos, mas não o fizemos. Faltam nove jogos. Temos de fazer o nosso trabalho e não nos preocuparmos com o nosso adversário”, afirmou, em referência ao FC Porto, que perdeu no terreno do Famalicão, ontem.

Agora, diz Lage, só há uma possibilidade: vencer. “Temos de ir a Portimão e vencer o jogo. Não tínhamos margem, tínhamos uma oportunidade muito boa para passar para a frente, neste momento não temos margem, temos de vencer o próximo jogo.”

O treinador do Benfica lamentou ainda a ausência de adeptos, mas recusou usar isso como explicação para a perda dos dois pontos. “Não faltou alma ao Benfica. Faltou uma massa de 60 mil pessoas a puxar pela equipa, e há medida que as oportunidades foram acontecendo, o entusiasmo do público e a forma como nos costuma apoiar aqui em casa seria um tónico para a equipa ter mais motivação. Mas não justifica o nosso resultado.”

Com este empate o Benfica dá seguimento a uma série de maus resultados e perda de pontos nesta segunda volta do campeonato. Em todo o caso, Lage diz que não pensa na porta da saída do clube. “Em todo o lado, na minha vida, quando sentir que não sou a solução, e que a mensagem que passa e a qualidade do trabalho não é a mesma, é ponto assente. Já uma vez pedi para sair quando senti que precisava de respirar”, disse, garantindo aos adeptos que será o primeiro a pedir para sair se sentir que isso é melhor para o clube.

Aspeto físico vai ser decisivo

O treinador do Tondela deu os parabéns aos seus jogadores por terem conseguido arrancar um ponto no Estádio da Luz, mas sublinhou que depois de tanto tempo de paragem o aspeto físico foi crucial.

“O aspeto físico vai ser decisivo. Foi hoje, e vai ser nos próximos jogos”, disse o técnico, “parabéns aos jogadores pelo esforço que fizeram”.

González reconheceu que o Tondela esteve mais à defesa e que disse mesmo que “nos últimos minutos estivemos fechados na nossa área”, mas mostrou-se satisfeito com o resultado. “Um ponto aqui é sempre positivo”.

Comentários
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  • Petervlg
    05 jun, 2020 Trofa 10:47
    Uma equipa sem rumo. simplesmente vergonhoso, até poderá ganhar o campeonato, mas não merecem. Ganham milhões, com atitude de cêntimos. Se jogassem com os juniores, se calhar ganhavam o jogo

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