24 mai, 2020
A operação do Banco Central Europeu (BCE), que vai comprar até 15,8 mil milhões em obrigações do Tesouro português – e que poderá abranger a dívida portuguesa emitida devido à Covid 19 - não deverá estar em marcha até ao fim do ano.
As atenções estão também voltadas para os detalhes do novo Fundo de Recuperação, que Bruxelas deve apresentar na próxima quarta-feira, na revisão do Orçamento Comunitário para 2021-2027 depois da iniciativa de Merkel e Macron.
Mas, no imediato, o Governo vai lançar o Plano de Estabilização Económico e Social (PEES), dividido em quatro pontos: redução da burocracia; plano de apoio às microempresas; apoio à manutenção do emprego; e um reforço do SNS e da educação (ensino à distância para todos os alunos).
Para estabelecer este programa, António Costa quer o consenso de todos os partidos e parceiros sociais que têm até este domingo à noite para fazer chegar as propostas ao primeiro-ministro. De acordo com o Expresso, o regime de lay-off, deverá manter-se até ao final do ano , mas deverá ser diferente do regime simplificado atual.
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, disse que Governo está a desenhar um novo instrumento de apoio às empresas e o lay-off simplificado poderá evoluir para um modelo adaptado à atual fase da retoma da atividade.
Associado ao novo regime de lay-off, seguirá a regulamentação de uma medida de apoio de 635 euros por trabalhador que saia do lay-off. Também Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República, aconselhou o Governo a prolongar o regime se tiver margem financeira.
O PEES, o apoio da Europa, a relação China-Estados Unidos e o Brasil de Bolsonaro são temas para a análise de Nuno Botelho , empresário e presidente da AC Porto, Rosário Gamboa, professora do ensino superior e José Pedro Teixeira Fernandes, especialista em geoestratégia e professor universitário.