27 abr, 2020 - 23:03
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O primeiro-ministro italiano gostava de poder ter uma outra mensagem para passar à população, mas sublinha que “não há condições para voltar à normalidade”. Pela primeira vez na Lombardia, epicentro europeu da pandemia de Covid-19, desde que foi decretado o estado de emergência, a 31 de janeiro, Giuseppe Conte salienta que o Governo “não está à procura de consenso”.
“Estamos a fazer muitos sacrifícios e este não é o momento de desistir, de permitir tudo. Esteve Governo não procura consenso, pretende fazer as coisas certas, mesmo que os cidadãos não fiquem satisfeitos”, ressalva.
“Todos esperávamos voltar em breve à normalidade, mas não há condições para voltar à normalidade. Devemos dizer isto de forma clara”, reforça o primeiro-ministro de Itália, que respondeu às críticas pelos quase três meses que demorou a regressar à Lombardia. “A minha presença aqui seria um obstáculo durante a fase mais aguda do estado de emergência”, explica, em declarações aos jornalistas, na Câmara de Milão, usando máscara de proteção.
Pandemia de Covid-19
"É uma decisão difícil mas necessária, pela qual a(...)
Há expectativa de que, a partir de 4 de maio, algumas medidas restritivas possam ser levantadas e Conte admite que está a ser preparado um plano para uma reabertura gradual de alguns setores de atividade, mas o primeiro-ministro mantém um discurso cauteloso e lembra que “a fase 2 [que Itália está a viver] é a de convivência com o vírus, não é da libertação”.
A Itália é o país que regista maior número de mortes provocadas pela Covid-19.De acordo com a Universidade Johns Hopkins, a 27 de abril, há registo de 26.977 óbitos. Segundo os mesmos dados, Itália é o terceiro país com mais infetados (199.414), atrás de Estados Unidos (985.374) e Espanha (229.422).