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Presidente do Vitória de Setúbal prevê "colapso de muitos clubes" se o futebol não voltar

09 abr, 2020 - 12:45 • João Fonseca

Paulo Gomes, que não é adepto do "lay-off", estabeleceu como prioridade garantir salários de funcionários, chegando a acordo com fornecedores, e assegura que clubes da I Liga estão solidários e em permanente contacto.

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O presidente do Vitória de Setúbal, Paulo Gomes, manifesta esperança de que o futebol volte ainda esta temporada, "com as devidas condições", já que é "fundamental a receita" resultante das jornadas que ainda estão por disputar. Sem estas verbas, poderemos assistir ao "colapso de muitos clubes".

Em entrevista a Bola Branca, quase a completar três meses à frente do Vitória de Setúbal, Paulo Gomes garante que o clube não vai recorrer ao "lay-off", para fazer frente ao impacto económico causado pela pandemia do novo coronavírus.

No emblema vitoriano, há acordo com os jogadores para o que resta da temporada: "Os salários estão em dia e será paga a totalidade dos vencimentos contratualizados."

Está, ainda, criada uma solução para que, daqui para a frente, mesmo sem receitas, possam ser pagos os vencimentos. Sempre em sintonia total com jogadores e treinadores.

A união do futebol profissional


Paulo Gomes não rejeitaria plasmar no futebol português aquilo que, na Alemanha, se traduziu por uma ajuda financeira dos mais favorecidos aos restantes.

Contudo, salienta que "os clubes estão a trabalhar em conjunto" na procura das melhores soluções e que "os presidentes falam quase todos os dias" para que, no final, os que demonstrem maiores problemas possam "cumprir os seus pressupostos financeiros".

A Federação Portuguesa de Futebol colocou um ponto final no Campeonato de Portugal. Decisão "bem tomada e em devido tempo", sustenta o presidente dos sadinos. No entanto, "é preciso ter em atenção as verbas que envolvem a I Liga" e que acabam também por "sustentar todos os campeonatos que vêm por aí abaixo".

Paulo Gomes duvida que, caso fosse a Federação a gerir os campeonatos profissionais, "tomasse posição semelhante", ou seja, desse por concluída já a temporada.

Vitória social e solidário


O presidente do histórico clube português também olha para aqueles que, estando do outro lado e com salários bem mais baixos, são parte ativa e preciosa para o funcionamento do clube

Foram encetadas negociações com fornecedores, "fazendo adiamento de pagamentos" para impedir uma "quebra na gestão familiar" dos que menos recebem.

Paulo Gomes despede-se com uma "mensagem de esperança". Lembra que "todos devemos ficar em casa", valoriza aqueles que "estão na linha da frente" e acentua que, no regresso à atividade desportiva, serão "mais fortes" e "juntos na luta pelo crescimento do clube".

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