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Covid-19

Cabo Verde entra em estado de emergência para travar coronavírus

28 mar, 2020 - 15:46 • Maria João Costa

A pedido do Presidente da República cabo-verdiano, a comissão permanente da Assembleia de Cabo Verde deu luz verde ao estado de emergência.

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Pela primeira vez na sua História, o arquipélago de Cabo Verde vai decretar o estado de emergência. Entrará em vigor já a partir da meia noite de domingo, dia 29 de março, e vai prolongar-se até dia 17 de abril.

A decisão foi tomada pela comissão permanente da Assembleia Nacional, depois do pedido feito pelo Presidente da República. Para este sábado, é esperada uma declaração ao país do Presidente Jorge Carlos Fonseca.

O chefe de Estado justificou a sua decisão com a necessidade de poder conferir ao Governo poderes para adotar as medidas que entender necessárias, para evitar o alastrar do contágio do novo coronavírus.

Em causa podem estar medidas relativas à restrição ou suspensão de direitos fundamentais, tal como já está a acontecer em outros países.

Cabo Verde reforça assim as medidas para evitar a propagação do novo coronavírus, que já provocou um morto na ilha da Boa Vista – um cidadão britânico de 62 anos.

No arquipélago, há cinco casos positivos, três na ilha da Boa Vista e dois na cidade da Praia.

Já na sexta-feira, dia em que Cabo Verde assinalou o Dia da Mulher Cabo-verdiana, o Presidente da República tinha sublinhado o papel das mulheres no combate à pandemia.

“É mais um grande desafio que a nação cabo-verdiana tem de enfrentar e para o qual a Mulher tem um papel fundamental único”, afirmou Jorge Carlos Fonseca. Numa mensagem dirigida às cabo-verdianas, o Presidente explicava que as mulheres são responsáveis “desde logo, no cuidado das crianças e dos adolescentes e de toda a família, mas de forma geral, nas diversas áreas em que atua, transmitindo a sua força de vontade, resiliência e capacidade de trabalho que serão determinantes neste período de crise”.

Às mulheres cabo-verdianas, pediu o chefe de Estado para serem “a voz mais determinante na passagem e da adoção das mensagens de prevenção da Covid-19, obrigando os filhos e familiares a lavarem as mãos sempre e, agora, a permanecerem em casa”.

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