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Coronavírus

Medidas da FIFA e da UEFA são "confusas e tardias". Lúcio Correia teme aumento do fosso entre grandes e pequenos

27 mar, 2020 - 14:30 • João Fonseca

Professor de Direito do desporto alerta em Bola Branca para consequência do que considera ser inação das organizações do futebol internacional, no combate aos efeitos da pandemia de Covid-19.

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As propostas discutidas pela FIFA, esta semana, no âmbito da crise sanitária, provocada pela Covid-19, são "tardias e confusas", disse esta sexta-feira a Bola Branca, Lúcio Correia, professor de Direito do desporto.

"Convinha que UEFA e FIFA dessem um conjunto de soluções para que todas as federações pudessem aplicar essas soluções de forma equitativa. E estamos, praticamente, em abril e ninguém tem segurança [do que vai acontecer] que devia ter sido transmitida pela UEFA e pela FIFA", defende.

Não opinião do professor universitário, os organismos internacionais "já deviam ter criado formas de financiamento às federações que pretendem ajudar os seus clubes". Se não for nada feito, algum dia tempos competições internacionais só com cinco países", alerta.

Lúcio Correia reforça a necessidade de UEFA e FIFA "transmitirem outro conforto" aos países como Portugal para que que possam competir com federações e clubes com maior capacidade de resistência a um problema de magnitude mundial, questiona.

O professor de Direito do desporto. destaca que os dois organismos já se deviam ter pronunciado sobre a questão dos contratos dos jogadores que terminam a 30 de junho. Os campeonatos poderão prolongar-se para lá dessa data e "importava tomada de medidas urgentes".

Se UEFA e FIFA criassem um regulamento excecional, os clubes e os jogadores poderiam "criar mecanismos de prorrogação" para resolver o problema da caducidade dos vínculos.

Lúcio Correia acentua também que os dois organismos têm adotado uma medida reativa, quando neste momento, se pedia uma maior proatividade até para garantir uma aplicação das medidas "mais equitativa e equilibrada" aos respetivos campeonatos. E caso estes comecem nalguns países entre maio e junho, não está garantida, na opinião de Lúcio Correia, "a segurança" que as entidades comandados por Infantino e Ceferin já "deviam ter transmitido".

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