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FC Porto

"Faz-me lembrar o Tratado de Zamora". Conceição encara com naturalidade conversa com Villas-Boas

03 mai, 2024 - 12:30 • Eduardo Soares da Silva

Treinador do FC Porto não legenda o abraço entre Pinto da Costa e Villas-Boas, mas acredita que "é sempre bom ver duas pessoas a abraçarem-se". Os dragões vão até Chaves defrontar uma equipa que jogará o tudo ou nada pela manutenção.

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Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, encara com toda a naturalidade a reunião que terá com o novo presidente, André Villas-Boas.

A sucessão de Pinto da Costa dominou a conferência de imprensa de antevisão à visita a Chaves. Sobre o encontro entre presidente e o seu sucessor, o treinador "gosta sempre de ver duas pessoas a abraçarem-se", mas coloca o seu foco apenas na equipa de futebol, sublinhando novamente que "ninguém está agarrado a nada".

Conceição renovou contrato com o Porto por mais quatro épocas na semana passada, em vésperas das eleições do FC Porto. Encara com naturalidade a reunião que terá com AVB, mas comparou o tema ao Tratado de Zamora, que fundou Portugal com o acordo asssinado entre D. Afonso Henriques e o seu primo, Afonso VII de Leão, a 5 de outubro de 1143.

O Chaves recebe os dragões com a obrigação de vencer para sonhar com a manutenção na I Liga, o que poderá aumentar a dificuldade do jogo, reconhece Conceição. O Chaves-FC Porto joga-se este sábado, às 20h30, com relato na Renascença e acompanhamento, ao minuto, em rr.pt.

Chaves: "O Chaves tem um fator de motivação que é defrontarem o FC Porto e saberem que vão ter a esperança de se manterem na I Liga. Temos que olhar para o nosso jogo, tivemos tempo para prepará-lo bem, apesar de algumas ausências e castigos. Vamos para ganhar".

Diferença para o jogo da primeira volta: "É um jogo decisivo para eles e para nós. Todos são decisivos para nós, eles mudaram um pouco e têm mudado ao longo da época. Depois do Moreno assumir a equipa, têm mudado um pouco. A entrada de jogadores em janeiro fez com que a equipa jogasse de forma diferente. Vimos vários cenários: o Guzzo não está por castigo, Guima pode voltar de lesão".

Ausências e adaptações: "São problemas que sou pago para resolver. Gostaria de contar com toda a gente, os sócios querem que o Porto ganhe. Não vão olhar para as ausências. Teremos uma equipa competitiva perante todo o contexto difícil. Vamos a Chaves com o intuito de ganhar o jogo".

Legenda no abraço de Villas-Boas e Pinto da Costa? "Não tenho de legendar. O presidente perdeu as eleições, a passagem de testemunho vai acontecer. Estou aqui como treinador, tenho de me focar no jogo de amanhã e viver um pouco à margem do ruído que existe nesta fase do nosso clube. Não há nada mais do que isso, mas gosto sempre de ver duas pessoas a abraçarem-se, é bom sinal".

Já conversou com Villas-Boas? "Faz-me lembrar o tratado de Zamora, que dei em história. É uma conversa normal do presidente para um funcionário do clube. Todas as questões que o novo presidente quiser falar comigo, vou responder. Não falará só comigo, de certeza. Acho absolutamente normal".

Mudança grande com entrada de Villas-Boas. Que sensações? "Tenho de olhar para a equipa de futebol, pelas lesões e castigos estamos limitados. Não sou de meter um miúdo a jogar só porque tem qualidade, queimando etapas necessárias. Falo da entrada do Martim contra o Sporting. Estava preparado, em função de que seria fundamental o Pepê jogar na frente. São essas mudanças que vejo. A vida associativa do clube é a que é, os sócios são soberanos. Tudo o que seja a mudança, estamos aqui como funcionários para dar o nosso máximo. Para se estar no FC Porto, não basta ter contrato. Ninguém está agarrado a nada, há uma instituição acima de tudo e de todos".

O que vai dizer a Villas-Boas? "Não sei o que me vão perguntar. Parece que estamos a falar de uma conversa, ou como se não fosse normal um presidente sentar-se com o treinador. Não vejo nada de estranho, é normal".

Mais difícil manter o foco sem ter objetivo de título e Champions? "Já disse aqui que vi treinadores irem embora na pré-época. Se um jogo de pré-época é importante no FC Porto, imagine um jogo de campeonato. Não olhamos para a tabela, mas para o jogo, mas sabemos que temos dois adversários connosco e isso pode significar acabar mais acima ou abaixo. Mas não preparamos assim os jogos".

Comunicado de Iván Jaime: "A equipa técnica decide o que fazer em função da produção e trabalho dos atletas. Podem trabalhar três ou quatro grupos diferentes. É uma equipa profissional grande, os comunicados e esse ruído não tem a ver comigo. Faço as minhas escolhas e o meu trabalho. Não vi, soube que houve um comunicado. Vi, mas não o li".

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