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Venda de armas em todo o mundo subiu 4,6% em 2018

10 dez, 2019 - 15:31 • Vasco Gandra, correspondente em Bruxelas

Há 27 empresas europeias no top 100 do setor, cujo total de vendas atingiu 102 mil milhões de dólares.

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A venda de armas e de serviços de caráter militar por parte das 100 maiores empresas do setor a nível mundial alcançou 420 mil milhões de dólares em 2018, o que representa uma subida de 4,6% face a 2017.

O último relatório do Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), organização de referência nesta área, indica ainda que a venda de armas e de serviços relacionados aumentou cerca de 47% desde 2002, isto sem considerar a China – o relatório não inclui o gigante asiático por falta de dados.

As vendas do conjunto das empresas americanas que se encontram na lista do top 100 do setor militar representam 59% do total, atingindo cerca de 246 mil milhões de dólares.

Para além de dominarem a lista, assiste-se a uma tendência para a fusão de empresas nos Estados Unidos.

"As empresas americanas preparam-se para o programa de modernização de armas anunciado em 2017 pelo Presidente Trump", sublinha a diretora de programas no SIPRI, Aude Fleurant, em comunicado de imprensa. "As grandes empresas americanas estão a fundir-se para poderem produzir a nova geração de sistemas de armas e assim estarem em melhor posição para conseguir contratos com o Governo americano."

O relatório indica ainda que há 27 empresas europeias no top 100, cujo total de vendas atingiu 102 mil milhões de dólares. As vendas de armas das empresas baseadas no Reino Unido baixaram 4,8% no ano passado, apesar de continuarem a estar entre as mais elevadas da Europa.

O total de vendas das seis empresas francesas que se encontram naquela lista faz com que o país seja o segundo da União Europeia em termos de vendas, atingindo os 23 mil milhões de dólares. Seguem-se as empresas alemãs (4 no top 100), cujas vendas no entanto diminuíram cerca de 3,8%.

Segundo o relatório do SIPRI, as vendas de armas do conjunto das empresas russas estão estáveis, tendo alcançado 36 mil milhões de euros no ano passado. Oitenta dos 100 maiores produtores em 2018 estão assim baseados nos Estados Unidos, Europa e Rússia. Dos restantes, seis encontram-se no Japão, três em Israel, Índia e Coreia do Sul, respetivamente. E ainda dois na Turquia, um na Austrália, Canadá e Singapura.
Comentários
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  • zaico uchiha
    10 dez, 2019 19:59
    Pão de enxofre, o alimento dos escravos da insatisfação eterna.

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