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Viseu investe até 2021 mais de 2 milhões na cultura

08 dez, 2019 - 16:23 • Maria João Costa

Viseu Cultura é um programa municipal de apoio às artes que investe todos os anos 800 mil euros em projectos.

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O que faz uma companhia lisboeta como o Teatro da Cidade estar em Viseu? A resposta é simples. Concorreram ao projecto Viseu Cultura, ganharam um financiamento e têm estado a trabalhar a norte. Este é um dos exemplos do dinamismo que o investimento em cultura da autarquia de Viseu tem gerado.

O programa Viseu Cultura está no seu "terceiro ano de implementação", explica à Renascença o vereador Jorge Sobrado que fala num "programa municipal inédito no país de financiamento à cultura independente". São 800 mil euros por ano "que são sujeitos a concurso sem nenhuma espécie de interferência artística na concepção dos programas" explica Sobrado, que faz as contas e fala num investimento total, em três anos de 2,4 milhões de euros.

O programa prevê quatro linhas de aposta. "Uma é orientada para eventos e festivais; outra para a criação artística - nas artes plásticas, fotografia e cinema ou outras expressões; uma terceira linha orientada para animação de património e outra linha voltada para a revitalização da etnografia e folclore", inúmera o vereador em declarações à Renascença à margem do Festival Tinto no Branco - outra das apostas culturais da autarquia há já 5 anos.

O programa Viseu Cultura é aberto a todos, e não só a estruturas das região. "Há um princípio de universalidade porque todos se candidatam ao mesmo tempo, sejam de Viseu ou não" diz Jorge Sobrado. Com este projecto a funcionar desde há dois anos, Viseu já recebeu o colectivo teatral de Lisboa, Teatro da Cidade. O vereador da cultura sublinha que "nunca o Teatro da Cidade de Lisboa tinha estreado um espectáculo fora de Lisboa".

Mas há outros projectos também apoiados e que sofrem "um escrutínio por um júri independente, de cinco pessoas em que só uma representa a câmara" confirma Sobrado que acrescenta, "as outras quatro são representantes de disciplinas artísticas fora de Viseu e que não podem ter relação com os promotores dos projetos".

Entre os projectos apoiados e que terá continuidade, está o POLDRA. Trata-se de um "Festival de escultura pública que já comprimiu este ano a segunda edição, e está em condições de executar mais duas nos próximos anos. É um festival internacional de escultura pública na mata do Fontelo, em Viseu." O seu director artístico, João Dias, esteve esta semana no programa Ensaio Geral da Renascença.

Outro dos casos apoiados é o "Carmo 81, uma cooperativa cultural residente na cidade de Viseu, mas que tem também festivais de música independente e alternativa um pouco por toda a cidade, nomeadamente em sítios patrimoniais" recorda Jorge Sobrado.

Este Viseu Cultura nas palavras do vereador está a deixar um" lastro na criação de públicos e restruturação do ecossistema artístico de Viseu" e decorre até 2021. Uma das características é que há um "princípio de co responsabilidade", diz Sobrado que acrescenta, "o município financia até um máximo de 85 por cento. Depois os promotores são levados a complementar o apoio da câmara com mecenato."

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