Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Apreensões de cocaína triplicam em três anos

28 nov, 2019 - 09:55 • Fátima Casanova , Marta Grosso

Os números são revelados na Renascença pelo coordenador da unidade de combate à droga da Polícia Judiciária.

A+ / A-

A quantidade cocaína apreendida em Portugal praticamente triplicou entre 2017 e 2019. Naquele ano, foram apreendidas perto de três toneladas, enquanto neste ano a contagem já vai em mais de nove.

“Só para termos uma noção da evolução, no ano passado [2018], em Portugal, chegámos a cerca de 5,7 toneladas de cocaína. À presenta data, números de ontem [quarta-feira], apreendemos 9,2 toneladas de cocaína em Portugal”, revela Artur Vaz, coordenador da unidade de combate à droga da Polícia Judiciária.

Convidado do programa As Três da Manhã, o responsável afirma que a esmagadora maioria da droga chegou por via marítima.


O mais recente relatório da União Europeia e da Europol revela que os arquipélagos da Madeira e dos Açores fazem parte de uma dupla rota internacional de droga – algo que, de resto, as recentes apreensões ocorridas em veleiros já o demonstravam.

Segundo o relatório, a droga é transportada em barcos de recreio que partem das Caraíbas e da África Ocidental a caminho da Europa, passando pelos arquipélagos portugueses.

Por via aérea, foram apreendidos perto de 900 quilos este ano.

Ainda nesta semana, foi notícia mais uma apreensão de droga em caixas de bananas e as autoridades portuguesas estiveram envolvidas na captura de um narcosubmarino que passou por Portugal a caminho da Galiza, onde acabou por ser afundado com mais de quatro toneladas de cocaína a bordo. A droga foi avaliada em 100 milhões de euros.

“É a primeira vez em que se confirma e se apreende um semisubmersível que atravessa o Atlântico”, afirma o coordenador da PJ.

Artur Vaz adianta que a apreensão aconteceu com a colaboração de outras forças. “As autoridades portuguesas – a Polícia Judiciária, com o apoio da Marinha de da Força Aérea, como é habitual e acontece recorrentemente em situações de combate ao tráfico por via marítima – estiveram envolvidas no acompanhamento e no controlo desta situação e colaboraram ativamente nesta operação que permitiu este desenlace final, com a apreensão da embarcação e da droga no Norte de Espanha”.

Quatro toneladas é muito, mas não é inédito. “Em Portugal, no início do ano, também fizemos uma grande apreensão de quase 3,5 toneladas de cocaína também numa embarcação, mas de outro tipo”, refere ainda.

O responsável da Polícia Judiciária reforça que “este tipo de fenómeno só se pode combater com a cooperação entre as autoridades de vários países. Isoladamente é impossível qualquer país fazê-lo”.


Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Filipe
    28 nov, 2019 évora 13:10
    Os euros colocados lá fora em paraísos fiscais são para alimentarem o tráfico de droga , armas e outros . Por isso a rentabilidade é enorme . Mas o pior é que as forças de segurança e da justiça são comparsas destes crimes .

Destaques V+