André Soares reencontra Bruno Lage com esperança de o surpreender

Aos 14 anos, André Soares iniciou uma aventura que muitos jovens sonham viver. Natural de Vieira do Minho, deixou o conforto da família e mudou-se para Lisboa para jogar no Benfica. O extremo, hoje com 29 anos, não fez carreira no clube, ao contrário de alguns treinadores que o orientaram nessa altura, casos de Bruno Lage e Alexandre Silva.

No sábado, terá oportunidade de os reencontrar e tem a esperança de os surpreender. "“Temos de acreditar, se não formos nós quem vai acreditar? É só um jogo e as coisas podem cair para o nosso lado”, diz o extremo, depois de mais um treino pelo Vizela.

Sem uma impressão detalhada sobre Bruno Lage, que chegou ao Benfica sensivelmente na mesma altura que André, o jogador lembra que chegou "a fazer dois ou três jogos" com o atual treinador campeão nacional. "O meu treinador era o Alexandre Silva, que está na equipa técnica do Lage [como preparador físico]. Tive algum, pouco, contacto com o Bruno Lage, porque ele era treinador da camada acima, mas cheguei a fazer alguns jogos pelos juvenis A”, recorda.

Oportunidade no Benfica

A relação com o Benfica terminou em 2011, após empréstimos a Carregado, Atlético e Servette, da Suíça, onde foi orientado por João Alves. André Soares admite que se fosse hoje, num Benfica com cultura de aproveitamento dos jovens da formação, as coisas poderiam ser diferentes, mas o extremo salvaguarda que teve a sua oportunidade.

“Estive no Benfica, tive a minha oportunidade, mas não a consegui aproveitar. Mas penso que hoje os jovens têm mais condições para atingirem um nível superior”, observa o jogador que depois de terminar contrato com o Benfica passou por Marítimo B, Famalicão, Vilaverdense, Gil Vicente e Vizela.

O golo e o prémio

O jogo com o Benfica, por todas estas circunstâncias e pelo contexto óbvio do Vizela receber um grandem será especial e, mais ainda, se houver surpresa. Com cinco golos marcados esta época, André Soares tem a esperança de poder contribuir de forma ativa para tal desfecho. "Vai ser um jogo especial e, se tiver oportunidade de jogar, gostava de marcar", remata.

O presidente da SAD do Vizela, Diogo Godinho, já disse que não haverá prémio monetário para os jogadores, caso eliminem o Benfica, justificando que o facto de defrontarem o campeão nacional já é incentivo suficiente. André Soares concorda, mas, entre uma gargalhada, sempre diz que uma atenção da direção não seria recusada pelo plantel.

“O presidente falou bem, não precisamos de motivação, mas um prémio era sempre bem-vindo", sorri o extremo vizelense, que na carreira já tem uma história em que tombou um gigante. Há duas épocas, pelo Vilaverdense, ajudou a eliminar o Boavista, numa edição da Taça em que a equipa minhota acabou por cair nos oitavos de final, frente ao Sporting.

O Vizela-Benfica, a contar para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, é no sábado, às 20h45. O jogo tem relato na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.