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Paulo Rangel: "Se o Orçamento for pelo aumento de impostos acho que o PSD está fora da equação”

13 nov, 2019 - 18:36 • Manuela Pires

No programa “Casa Comum” desta semana Paulo Rangel e Francisco Assis falam sobre quem vai viabilizar o Orçamento do Estado, as eleições em Espanha e o acordo assinado entre o PSOE e o Podemos para a formação de um Governo de coligação.

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Casa Comum - PSD vai aprovar Orçamento? - 13/11/2019
Ouça Francisco Assis e Paulo Rangel no programa "Casa Comum"

O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel considera que o PSD não vai viabilizar o Orçamento do Estado para 2020.

No programa “Casa Comum” da Renascença, Paulo Rangel lembrou as ideias que Rui Rio defendeu na campanha eleitoral e que passam por uma descida de impostos.

Rangel diz que, segundo a imprensa, o que se está a antecipar é um aumento da carga fiscal, através do chamado englobamento, com os rendimentos de capitais e de imóveis.

“Conhecendo as propostas que o PSD levou às eleições que apontavam para uma baixa de impostos, se formos pelo caminho do aumento dos impostos acho que o PSD está fora da equação”, refere no programa da Renascença.

No entanto, Paulo Rangel diz que ainda é cedo para saber o que se vai passar, porque entende que não se pode comparar o primeiro Orçamento de um novo Governo com os restantes. “As pessoas não iam perceber que um partido boicote um Governo que acabou de entrar em funções”, sublinha.

O primeiro-ministro começou esta semana uma ronda de encontros com os partidos da esquerda sobre o Orçamento do Estado. O socialista Francisco Assis tem a certeza que o documento vai passar e com os votos da esquerda.

No programa “Casa Comum”, o ex-eurodeputado socialista foi muito claro: “julgo que este Orçamento está naturalmente aprovado, porque seria suicida do ponto de vista político para o PCP e para o Bloco de Esquerda inviabilizarem um instrumento que é essencial para a atuação de um Governo que tem pouco mais de um mês de existência”.

Espanha: um Governo para quatro anos?

Depois das eleições do passado domingo o cenário em Espanha ficou ainda mais complicado, mas ao contrário do que aconteceu em abril, desta vez em apenas uma hora o PSOE e o Podemos chegaram a acordo para a criação de um Governo de coligação.

O socialista Francisco Assis não poupa crítica ao Pedro Sanchez que, no seu entender, já devia ter abandonado a liderança do Partido Socialista Espanhol, porque “ele fez agora o que ainda há um mês considerava ser um pesadelo”.

Assis não percebe o acordo que foi assinado com o Podemos, até porque “nem se percebe a coerência programática”.

Muito pessimista quanto ao futuro político em Espanha está também Paulo Rangel. O eurodeputado social-democrata diz que “o aparecimento do Vox [extrema-direita], que ganhou muita força, vai radicalizar a reação de Espanha ao problema da Catalunha”.

Paulo Rangel vê com preocupação a subida da votação no Vox, porque entende que “a chantagem demagógica do partido de Santiago Abascal “vai tornar mais difícil para os moderados conseguirem fazer passar a sua mensagem”.

O comentador social-democrata conclui, no que toca à questão Catalã, que “os políticos espanhóis não estiveram à altura das responsabilidades”.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus

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