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Estatuto do antigo combatente avança no próximo ano

11 nov, 2019 - 08:30 • Redação

Ministro da Defesa confirma que a falta de efetivos nas Forças Armadas é um problema, mas fazer regressar o Serviço Militar Obrigatório não é uma hipótese.

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O ministro da Defesa avançou que o estatuto do antigo combatente vai avançar em 2020. A garantia foi deixada por João Gomes Cravinho em entrevista à Renascença.

“Efetivamente, não foi possível na última legislatura. Muito simplesmente porque estávamos demasiado próximos das eleições, mas penso que durante este primeiro ano da legislatura haverá avanços muito significativos”, afirmou o ministro.

Em julho, o Governo retirou a proposta de lei sobre o estatuto do antigo combatente por dificuldades no modelo de sustentabilidade financeira resultantes das propostas apresentadas pelos partidos no Parlamento. Uma das propostas que iria estar em debate era a acumulação de benefícios para os antigos combatentes, que já esteve em vigor entre 2002 e 2008 e que poderia causar problemas de sustentabilidade financeira no futuro, alegou uma fonte do executivo.

O Governo liderado pelo socialista António Costa estimou em sete milhões por ano a despesa com estas alterações propostas pelos três partidos, num documento enviado aos deputados da comissão. A estes sete milhões/ano, juntam-se os 82,7 milhões ainda em dívida pelo Ministério da Defesa Nacional à Caixa Geral de Aposentações.

Um dos efeitos da retirada da proposta pelo Governo foi não haver alterações à lei e o adiamento do estatuto do antigo combatente.

Serviço militar obrigatório em Portugal?

O ministro da Defesa confirma que a falta de efetivos nas Forças Armadas é um problema, mas fazer regressar o Serviço Militar Obrigatório (SMO) “é uma questão que não se coloca”. Cravinho refere que SMO não é defendido por nenhum partido e os jovens não se reveem nessa medida.

O ministro que tutela as Forças Armadas admite o regresso, mas só “se sentirem que o país está sob ameaça e que precisa urgentemente de reforçar os seus efetivos.”

Os chefes militares dos três ramos das Forças Armadas têm alertado para as dificuldades em continuar a cumprir as missões que lhes são atribuídas, especialmente, na Força Aérea, mas o certo, é que até agora as medidas dos sucessivos governos não têm sido suficientes para aliciar os jovens para a carreira militar.

Confrontado com as declarações do Almirante Silva Ribeiro, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, que falou na Renascença numa situação insustentável, o ministro desmente e sublinha que é necessário um trabalho conjunto.

O governante rejeita que a situação seja “insustentável” e prova disso “é que se continua a corresponder plenamente às missões que o país solicita às Forças Armadas”.

Apesar de tudo, o governante lembra que se deve “trabalhar em conjunto e enjeitar responsabilidades não é solução. Temos de, no plano político e no plano das Forças Armadas, juntar esforços e estamos a fazê-lo”.

Comentários
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  • josé pinto
    16 jul, 2020 Medelim Concelho de Idanha a Nova 18:33
    Boa tarde a camaradas e demais seguidores desta matéria. Na verdade é tudo muito subjetivo sobre o verdadeiro conteúdo a ser objecto de aprovação. A aprovação de 7% por cada ano de serviço. Pergunta de esclarecimento e de interesse global: 1 Como se aplicará essa percentagem???? sobre que valor ???? e em todas as pensões ou apenas em algumas ???? 2 - Na verdade a atribuição do cartão em que fica especificado a isenção de pagamento de taxas moderadoras; ou viagens em transportes públicos sem pagamento de valores, será uma boa medida. Será aprovada ??? De momento e sem conhecer de forma profunda o conteúdo do que se propõe a votação, não apresento outras questões, mas se alguém me souber dar os esclarecimentos solicitados, agradecia. Obrigado e um abraço a todos os camaradas
  • Joao Nobre de Carval
    15 nov, 2019 Parede 14:52
    Lamentavel que o MDN menospreze as declaracoes francas e verdafeiras do Almirante CEMGFA quanto ah situacao de emrrgencia das FA face ah falta de cerca de seis mil Pracas nas FA, por inteira culpa dos Governos que nao cumprem a lei referente a Condicao Militar nem cumpre os direitos especiais, legais, dos militares Contratados.
  • miguel.santos
    11 nov, 2019 Pegoes 20:46
    Fomos combatentes obrigatórios sujeitos a um R.D.M.duro orgulhamos a Nação regressamos com o nosso dever cumprido merecemos mais respeito e alguma admiracao...
  • Democrata
    11 nov, 2019 18:47
    «...O ministro da Defesa confirma que a falta de efetivos nas Forças Armadas é um problema...» Começa a ser hilariante esta questão que muito é fácil de resolver, basta chamar de imediato os cidadãos que se encontram na Reserva de Disponibilidade (só responde à chamada quem realmente estiver interessado), e propor-lhes o reingresso nas fileiras do Exército e demais ramos das Forças Armadas, com o posto e especialidade com que saíram, mas desta vez com um contrato de longa duração. Não se entende toda esta demora em fazer isso, e o pior é que a malta nova não tem perfil para ser militar, são gerações diferentes com os chamados «estudos» (12º ano, etc.) mas sem capacidade para trabalhar; chamem os cidadãos da Reserva de Disponibilidade e tudo se resolve.

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