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Saúde

Enfermeiros mantêm greve para janeiro após reunião infrutífera com ministra

21 dez, 2018 - 14:27 • Agência Lusa

Marta Temido diz que objetivo do Governo é aproximar-se das reivindicações dos profissionais antes da paralisação.

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A ministra da Saúde disse acreditar que vai chegar a consenso com os sindicatos dos enfermeiros em janeiro depois de uma reunião com sindicalistas esta sexta-feira. A reunião acabou sem consenso, pelo que os enfermeiros pretendem manter a paralisação convocada para o próximo mês.

No final da reunião, Lúcia Leite, da Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros disse que a greve de 45 dias marcada com início em janeiro se vai manter.

"Esta reunião foi para avaliação do ponto de situação sobre o estado da profissão de enfermagem e não uma negociação de carreiras e a expectativa é que, no início do novo ano, haja condições para aprofundar esta negociação", disse a ministra da Saúde no final do encontro.

Marta Temido explicou que, neste momento, não estão convocadas greves para os primeiros dias do ano, por parte das estruturas sindicais e, portanto, o objetivo do Governo será aproximar-se das reivindicações dos profissionais.

"Temos que dar passos no sentido de nos aproximar, é isso que vamos fazer em janeiro, mas têm de ser passos com algumas linhas vermelhas e toda a sociedade tem de perceber por que é que elas existem", sublinhou.

Marta Temido disse querer acreditar que "esses passos sejam suficientes para um consenso com os sindicatos".

Contudo, nem todos os sindicatos acreditam poder chegar a acordo em janeiro.

No final da reunião, Lúcia Leite, da Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE), um dos dois sindicatos que convocou a greve nos blocos operatórios de cinco centros hospitalares do país, disse que a greve de 45 dias marcada para janeiro se vai manter.

Segundo Lúcia Leite, o encontro de hoje foi "uma tentativa de sensibilização dos sindicatos para pararem a greve", mas, afirmou, "não vamos parar".

A greve dos enfermeiros nos blocos operatórios de cinco centros hospitalares já levou ao cancelamento de mais de 6 mil cirurgias programadas.

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