06 mai, 2016 - 19:07
Veja também:
A fonte do escândalo “Panama Papers” quebrou o silêncio. Garante que não é um espião e que só quis denunciar a injustiça dos paraísos fiscais num mundo em que as desigualdades estão a aumentar.
O autor da maior fuga de informação da história mantém o anonimato mas, citado pelo jornal britânico “The Guardian”, assegura que não está nem nunca esteve ao serviço de nenhum Governo ou de qualquer agência de serviços secretos.
A fuga de 11,5 milhões de documentos da empresa de advogados Mossack Fonseca, tratados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas, e as notícias publicadas na imprensa internacional espoletaram “um novo e encorajador debate global”, afirma a fonte.
“As companhias de fachada são frequentemente associadas ao crime de evasão fiscal. Mas os Panama Papers mostram, sem sombra de dúvida, que apesar destas companhias não serem ilegais, por definição são utilizadas para levar a cabo um vasto leque de crimes graves”, sublinha.
Numa mensagem escrita citada pelo “The Guardian”, a fonte defende que “a desigualdade de rendimentos é um das questões definidoras dos nossos tempos”.
“Até agora, a narrativa sobre o escândalo que prevalece na comunicação social tem-se centrado sobre o que é permitido e legal neste sistema. O que é permitido é, de facto, escandaloso e tem que ser mudado”, afirma a fonte da maior fuga de informação da história.