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Governo

Montenegro nega "descontrolo orçamental", mas diz que "não é o mar de rosas que se vendeu"

15 mai, 2024 - 15:16 • Filipa Ribeiro , Manuela Pires

Primeiro-ministro reforça dificuldade orçamental e realça decisões tomadas pelo Governo. Debate quinzenal marcado por troca de acusações entre Montenegro e Pedro Nuno Santos sobre obras na Portela.

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Luís Montenegro nega que se atravesse uma situação de "descontrolo orçamental", mas avisa que o país "não tem o mar de rosas" que foi vendido. No debate quinzenal desta quarta feira, na Assembleia da República, o primeiro-ministro sublinhou que, "se os cofres estavam cheios em janeiro, chegamos ao final de março com um défice de 259 milhões de euros". Montenegro falava de uma "recaída despesista do Partido Socialista, agudizada no período que mediou entre eleições e a posse do atual Governo".

No discurso, o primeiro-ministro enfatizou algumas das decisões tomadas pelo seu Governo, como o aumento do Complemento Solidário para Idosos (CSI) e a decisão da localização do novo aeroporto de Lisboa.

Sobre as obras na Portela, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, questionou o primeiro-ministro sobre qual foi o fundamento da decisão, numa alusão ao trabalho da comissão técnica independente formada durante a governação socialista.

Luís Montenegro, em resposta, criticou o trabalho de Pedro Nuno Santos enquanto ministro das Infraestruturas: "Esteja descansado que não revoguei hoje as minhas decisões de ontem, elas foram estudadas", disse o primeiro-ministro.

Pedro Nuno Santos diz que o Governo tomou uma decisão "sem um estudo" que lhe servisse de base. "Não tem um parecer para obras que prove o número de aumento de voos por hora, não têm fundamentação para fazer o anúncio que fez ontem", disse o líder socialista a Montenegro.

Voltando ao tema inicial, e insistindo na questão do défice orçamental, o primeiro-ministro disse ter condições "para chegar ao final do ano com excedente das contas públicas". Sobre o IRS, Luís Montenegro disse estar disponível para "aproximar posições" com os partidos da oposição e "não para continuar o erro económico do Governo que o antecedeu", disse.

Uma posição apoiada por Pedro Nuno Santos, que aponta estar contra "regressões progressivas que vão financiar os de cima". O secretário-geral do PS acrescentou ainda que o programa para habitação apresentado pelo Governo da AD "é um power point" que "mudou pouco" — "Mudou o logótipo e pouco mais."

Na abertura do debate, Luís Montenegro disse ainda estar solidário com o primeiro-ministro da Eslováquia baleado esta quarta feira.

Comentários
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  • EU
    15 mai, 2024 PORTUGAL 16:57
    São 17,46 horas e estou a ver a BALBÚRDIA que se está a passar na Assembleia da República. Estou a VER uma Senhora(?) Deputada da bancada do CHEGA a fazer GESTOS INDECENTES dirigidos, com o indicador DIREITO, a quem? Esses gestos indicam RAPINAR, para não dizer ROUBAR. Assim, Senhor Presidente da Assembleia da República, faça o favor de REVER esses GESTOS e proceda em CONFORMIDADE como é SEU DEVER.
  • xico
    15 mai, 2024 lixa 16:07
    Já sabiamos que não seria o mar de rosas do ps,resta saber agora se será a maré laranja.......

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