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Zelensky exige armas nucleares em troca de adiamento de adesão à NATO

05 fev, 2025 - 00:23 • Lusa

Questionado se tinha um plano B para o adiamento da adesão à NATO, o líder ucraniano sugeriu que, nesse caso, os aliados de Kiev deveriam fornecer um número suficiente de mísseis e até devolver armas nucleares, além de ajudar a financiar um Exército de um milhão de homens para travar a Rússia.

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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu esta terça-feira que o adiamento da adesão do seu país à NATO exige a devolução a Kiev das armas nucleares que foram renunciadas em 1994 em troca de garantias de segurança.

"Se o processo de adesão à Aliança [Atlântica] se arrastar durante anos ou décadas - não por causa da Ucrânia, mas por causa dos seus parceiros - a Ucrânia pergunta-se, com razão: o que nos protegerá deste mal [Rússia] durante todo este tempo?", questionou Zelensky, segundo um excerto publicado na rede X de uma entrevista ao jornalista britânico Piers Morgan.

Questionado se tinha um plano B para o adiamento da adesão à NATO, o líder ucraniano sugeriu que, nesse caso, os aliados de Kiev deveriam fornecer um número suficiente de mísseis e até devolver armas nucleares, além de ajudar a financiar um Exército de um milhão de homens para travar a Rússia.

"Devolvam-nos as nossas armas nucleares, deem-nos sistemas de mísseis, ajudem-nos a financiar um exército, movam as vossas tropas para as partes do nosso estado onde queremos que a situação seja estável", declarou Zelensky, numa alusão ao chamado Memorando de Budapeste, que em 1994 implicou a entrega daquele armamento a Moscovo, em troca de garantias de segurança das principais potências mundiais, incluindo a Rússia.

Noutro ponto do excerto da entrevista, o Presidente ucraniano exigiu também que a Rússia pague uma compensação financeira pelos danos causados durante a invasão do seu país, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.

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  • Finalmente acordou
    05 fev, 2025 UE 09:08
    Zelensky chegou à conclusão a que muita gente chegou, só que não fala nisso: a Ucrânia só estará a salvo da Rússia no dia em que tiver armas nucleares e estiver em condições de incinerar concentrações de tropas de invasão russas na fronteira, e vitrificar Moscovo e São Petersburgo. As garantias de segurança que a Rússia deu, todos vimos para que servem. E os mete-nojo do costume - Hungria, Turquia, Eslováquia - vão impedir qualquer adesão ou retardá-la indefinidamente. Se acrescentarmos que os EUA também não estão entusiasmados com a ideia, é bem de ver que adesão à NATO a existir demorará décadas. Entretanto, para garantir a Defesa, mais vale ter armas nucleares, como aliás, qualquer País vizinho da Rússia, deve ter no arsenal . Aí a Rússia tentará desestabilizar ou assassinar o líder desse País, para lá meter um fantoche como Lukashenko, que lhes dê as chaves de Entrada. Mas guerra aberta isso já não acontecerá que nem a Rússia é louca suficiente para se meter com outra potência nuclear.

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