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“Alegria” e "desafios" nas reacções à eleição de Centeno para Eurogrupo

04 dez, 2017 - 18:56

“Uma grande vitória para Portugal” que vem com grandes responsabilidades, é este o sentido predominante das reacções à eleição do ministro das Finanças, Mário Centeno, para a liderança do Eurogrupo.

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Presidente Centeno em inglês: "Estou com grandes expectativas em relação a Janeiro de 2018"
Presidente Centeno em inglês: "Estou com grandes expectativas em relação a Janeiro de 2018"

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"Não foi à primeira, foi à segunda, o que interessa é que foi. É um sinal importante e positivo para o país, para ao Governo, para o ministro, e eu penso que também para a Europa. É um momento de alegria para todos os portugueses. Agora, passa-se à fase seguinte, que é garantir que não nos esquecemos de contribuir para a Europa, mas também de termos cá em Portugal uma política financeira firme, consequente, sem desvios nem aventuras, porque o ministro das Finanças chega a presidente do Eurogrupo por ser ministro das Finanças de Portugal". Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

"Desde Marrocos envio ao professor Mário Centeno um abraço pessoal de muita estima e consideração. Há três anos que trabalhamos em conjunto. Este é um momento importante para todos os portugueses, porque significa o reconhecimento da credibilidade internacional de Portugal, numa área tão sensível por onde passámos com tantos e tantos sacrifícios". Primeiro-ministro, António Costa

"Pela minha experiência pessoal sei muito bem que esta é uma posição exigente e plena de desafios. Estou certo de que o ministro Centeno possui todas as qualidades necessárias para assumir tão importante responsabilidade e desejo-lhe os maiores êxitos nas suas novas funções". Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker

"É muito importante, sobretudo depois da mudança profunda que houve na política económica e financeira de Portugal nos últimos dois anos, que um dos principais protagonistas - o segundo, depois do primeiro-ministro - tenha sido eleito para presidir ao Eurogrupo, que foi das entidades que mais reservas manifestou em relação a essa alteração de política". Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República.

"É uma grande vitória para Portugal, é uma grande vitória evidentemente para Mário Centeno, mas é sobretudo uma grande vitória para o Eurogrupo, que precisa de formar tão rapidamente quanto possível um consenso, porque todos nós temos de tomar decisões importantes no que diz respeito à conclusão da união económica e monetária". Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva

"É uma boa notícia para Portugal e uma excelente notícia para a Europa porque Mário Centeno é um ministro das Finanças que não cortou salários nem pensões e conseguiu mostrar que era possível uma alternativa política, cumprindo as metas orçamentais". João Galamba, porta-voz do PS

"A pergunta que os portugueses fazem é se será Mário Centeno, por ser português e pertencer ao PS, pode fazer a diferença nesta instituição que só tem representado ataques à democracia e mais austeridade. Entendemos que prevalece a natureza da instituição". Mariana Mortágua, líder parlamentar do Bloco de Esquerda

"Portugal está agora ainda mais comprometido com as regras europeias, com a disciplina europeia. O Governo português, que já assumia isso como compromisso de Estado, tem agora um compromisso pessoal, não é possível presidir ao Eurogrupo e depois prevaricar dentro de casa". Duarte Pacheco, deputado do PSD

"O PCP alerta para o uso que o Governo do PS, no quadro das suas opções e em sintonia com as do PSD e do CDS, venha a fazer desta decisão para acentuar a recusa ou limitações às medidas necessárias ao desenvolvimento do país". João Ferreira, eurodeputado do PCP

"Como sempre fez no passado, o CDS valoriza a eleição de um português para um cargo, europeu [neste caso]. Ser melhor ou pior, depende do desempenho do professor Mário Centeno, do desempenho que fará do cargo de presidente do Eurogrupo. O PS tem falado muito sobre a União Económica Europeia (UEM), o euro, as reformas que é preciso fazer, sobre aquilo que teria de ser alterado. É preciso ver a coerência e consequência desse discurso com aquilo que vai ser o desempenho do professor Mário Centeno no Eurogrupo". João Almeida, deputado do CDS

“A UGT congratula-se com a eleição de Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo, naquela que poderá ser uma mudança na liderança económica da União Europeia. Esta eleição reveste-se, sem dúvida, de um carácter de grande prestígio para Portugal, prestigio esse que advém também da forma como o Ministro das Finanças português conduziu o processo de execução orçamental e consolidação das finanças públicas no nosso país. Este resultado coloca Portugal numa posição determinante e mais activa para a construção de consensos entre os Estados-membros no sentido de uma convergência económica e social e de uma política de crescimento e criação de emprego. Simultaneamente, dá ao Executivo português uma maior responsabilidade na condução da disciplina orçamental". União Geral de Trabalhadores (UGT)

"O problema não está no presidente, mas nas políticas impostas pelo Eurogrupo, que continua a ser um instrumento da União Europeia para pressionar os países a reduzirem de forma cega os défices orçamentais. O Eurogrupo não é democrático, pois quem ali sempre mandou foi o ministro alemão e não o seu presidente". Secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus

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