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Fogos continuam, mas torres de vigia não funcionam desde 1 Outubro

10 out, 2017 - 10:09

Na primeira semana de Outubro registaram-se quase 900 fogos.

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Durante a fase “Charlie”, em que o dispositivo está na sua máxima força, largas centenas de vigilantes foram contratados para trabalhar nas mais de 200 torres, mas o contrato terminou a 30 de Setembro. Com a fase “Delta” em vigor, as torres de vigia estão vazias.

O Verão parece não querer dar lugar ao Outono e o tempo continua seco e quente, que são condições favoráveis a novos incêndios. Escreve o "Jornal de Notícias", que só na primeira semana de Outubro registaram-se quase 900 fogos.

A GNR é a força encarregue de contratar cerca de um milhar de civis para fazerem a vigilância.

O Ministério da Agricultura prolongou o período crítico do sistema de Defesa da Floresta até domingo, dia 15, mas desde o início do mês, além do fecho das torres houve uma redução de 40% no dispositivo, lembra o jornal.

O presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, já acusou as autoridades de Protecção Civil de terem reduzido os meios de combate aos incêndios, quando se antecipava um mês de risco. “O país está a passar por uma situação gravíssima de destruição florestal”, Jaime Marta Soares, lamentando que não tenha havido “um planeamento como devia ser”, nem “uma prevenção estratégica”.

Mas a Autoridade Nacional de Protecção Civil rejeita as acusações. Em comunicado, a ANPC responde dizendo que os meios disponíveis são os que estavam previstos aquando do planeamento da época de incêndios e que até foram reforçados.

Em dois dias morreram duas pessoas na sequência de incêndios. Esta segunda-feira, foi encontrado homem morto no concelho do Sabugal, na zona onde deflagrou um incêndio florestal. No sábado, morreu um homem, de 50 anos, em Oleiros, que estava a trabalhar com uma máquina de rasto que virou.

Até final de Setembro tinham morrido 64 pessoas e 200 ficado feridas.

Os incêndios florestais consumiram, este ano, mais de 215 mil hectares, o valor mais elevado dos últimos 10 anos, segundo o mais recente relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), divulgado na passada sexta-feira. De acordo com o documento, que analisa o período compreendido entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro, a área ardida este ano representa mais do dobro da média anual para o mesmo período.



Comentários
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  • Luis
    10 out, 2017 lisboa 13:39
    Quando começar a chover os fogos logo acabam. Não existe vontade para que esta pouca vergonha acabe.Este fogos são actos de terrorismo que não são combatidos por leis e juízes menos tolerantes. O negocio está instalado .Os politicas estão mais preocupados em discutir leis dos animais e de gajos e gajas que querem mudar de nome aos 16 anos. Os políticos que tenham vergonha e façam alguma coisa mais do que recebem o ordenado e os subsídios.
  • lopes
    10 out, 2017 guarda 12:32
    tenho 28 anos estou desempregado deem me uma g3 e um cao e ordem para atirar e os incendios acabam nesta zona
  • mendes
    10 out, 2017 braga 12:28
    tores de vigia guardas florestais prisao perpetua para incendiarios isso seria uma burrice ia tirar a mama a muita gente nao culpem o tempo nem os eucaliptos culpem as industrias de combate aos fogos culpem os governos que nao criam seguranca e vijilancia culpem os juizes que nao condenam os incendiarios culpem os advogados que os defendem culpem aqueles que acusam as policias de serem violentas porque quando um incendiario e preso devia ser interrogado e obrigado a dizer quem lhe paga porque muitos que lancam o fogo sao pagos para o fazer mas nao sao obrigados a dizer a verdade e com um desculpinha e um bom advogado nem presos sao antes do 25 de abril haviam guardas florestais guarda rios guardas noturnos mas acabaram com esas profissoes e o 1 ministro o costa sabe bem que foi ele que acabou com os guardas florestais
  • TUGA
    10 out, 2017 lISBOA 11:55
    Fogos continuam??? O que continua é este vergonhoso negócio dos fogos. Onde está a justiça?? Assembleia a fazer leis para os cães, para gays, legalizar ilegais, racismos e outras banalidades, pagamos a estes gajos para quê???, Polícias?? governo??? tudo assobia para o lado. Morrem pessoas, destrói-se floresta e em 43 anos ainda ninguém os teve no sítio para acabar com esta negociata. Será que há muito cão grande a mamar do mesmo???
  • Joao
    10 out, 2017 Lisboa 11:43
    Enquanto não houver mao pesada para estes criminosos, vão continuar a arder as nossas florestas ate nada restar. Se nao houvessem tantos interesses economicos, isto não aconteceria na certa, mas infelizmente a má formacao de quem so pensa em numerario, assim o leva...
  • Nuno
    10 out, 2017 Zona do Pinhal 11:34
    Este texto tem um erro grave: nenhuma pessoa morreu na fase "Charlie". O fogo de Pedrogão Grande ocorreu antes da fase "Charlie" se iniciar. Apesar de em ambos os casos se saber que iriam estar condições climatéricas semelhantes ou piores que na fase "Charlie" os meios nunca foram semelhantes ou se aproximaram. Não existiu a devida adaptação às condições climáticas reais. Seria interessante saber os números e conhecer as diferenças de meios em termos de brigadas de prevenção nos quartéis e meios aéreos ( os tempos de resposta são muito diferentes nas duas fases)

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