22 jun, 2017 - 12:45
O antigo dirigente do Benfica José Capristano defende, em entrevista a Bola Branca, que as revelações feitas na noite de quarta-feira pelo Porto Canal não configuram qualquer crime, mas sim um ataque à privacidade de pessoas e instituições.
"Isto está a tornar-se uma novela ridícula. Esse senhor do FC Porto [Francisco J. Marques] devia preocupar-se mais com a sua vida pessoal e a do seu clube", declara.
"É um completo desespero, nada mais. Não há aqui qualquer acto de corrupção, isto serve apenas para desviar atenções do seu clube, que atravessa uma situação difícil. É uma figura sinistra que está a cometer um crime, ao violar os e-mails que não são dele. É um ataque à privacidade das pessoas e das instituições", acusa o antigo dirigente.
Capristano não vêiu qualquer factor ilícito nos actos atribuídos ao Benfica: "Ninguém está livre de apanhar um 'cromo' destes que intercepta conversas particulares que têm o valor que têm. É apenas conversa mole, são desabafos, palavras de circunstância. Ilícito é o que fez um determinado clube há uns anos atrás. Isto não passa de desespero."
Francisco J. Marques, director de comunicação do FC Porto, revelou novos e-mails levantando, nomeadamente, a suspeita de que o Benfica monitorizava as mensagens do telemóvel de Fernando Gomes, na altura em que o presidente da FPF liderou a Liga de Clubes. Francisco J. Marques alega ter tido acesso a e-mails em que Carlos Deus Pereira, antigo presidente da Assembleia Geral da Liga, enviava a Pedro Guerra ficheiros com conteúdos de SMS do telemóvel de Fernando Gomes.