13 abr, 2017 - 11:23 • Redacção, com Ecclesia
O arcebispo de Évora, D. José Alves, revelou, esta quinta-feira, que vai continuar "mais algum tempo à frente da diocese", apesar de completar 76 anos no próximo dia 20.
"O Santo Padre pediu-me para eu continuar mais algum tempo e eu agradeço ao Santo Padre a prova de confiança que ele deposita em mim. Mas, da minha parte, a única atitude só poderia ser essa, dizer que sim, que estou disponível para continuar enquanto as forças me permitirem. E fá-lo-ei com muita alegria e com muito gosto”, disse D. José Alves ao semanário "A Defesa", no final da Missa Crismal a que presidiu, na Sé de Évora.
Ao clero da diocese o arcebispo afirmou que a decisão lhe chegou "por intermédio do Núncio Apostólico": "Rezai para que eu saiba corresponder ao meu ministério”, acrescentou o prelado.
D. José Alves está na arquidiocese de Évora desde 2008 e completa 76 anos no próximo dia 20, ficando por isso obrigado, segundo o número 1 do cânone 401 do Código de Direito Canónico, a apresentar a renúncia do ofício ao Papa, por ter completado 75 anos de idade.
O arcebispo de Évora explicou ter escolhido a Quinta-feira Santa para fazer o anúncio por se encontrar "reunido o presbitério", assim como os "mais directos colaboradores".
Leiria-Fátima: humildade
O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, pediu esta quinta-feira aos padres diocesanos para que, seguindo os passos de Maria, serem "servidores humildes", "fiéis aos projecto de salvação" e dedicados "ao cuidado pastoral dos irmãos".
"A contemplação e a relação pessoal com Maria ensinam-nos a dizer um sim unido ao seu sim, sem reservas nem sombras, à vontade do Senhor. Assim seremos servos e servidores humildes e fiéis do projecto de salvação e a consagramo-nos, com todas as energias, à pessoa e obra redentora do seu Filho, na dedicação ao cuidado pastoral dos irmãos e na realização da missão da Igreja no mundo", afirmou D. António Marto, na Sé de Leiria, na homilia da Missa Crismal, celebração em que o bispo de Leiria-Fátima quis abordar a relação entre Nossa Senhora, o sacerdócio e os sacerdotes.
Lisboa: não desistir
O cardeal patriarca de Lisboa lembrou todos quantos continuam caídos em situação de “fragilidade e pobreza” e que têm de ser cuidados com “solidariedade”, durante a Missa Crismal na Sé.
Numa mensagem particularmente dirigida aos sacerdotes de Lisboa, D. Manuel Clemente recordou a missão do clero em não se “acomodar” nem “desistir”, mas ser “resposta” em conjunto com “concidadãos e instituições sociais e estatais”, no sentido de “corrigir” desiquilíbrios e desigualdades.
Guarda: crise de vocações
O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, pediu "novas abordagens" e "formas pastorais criativas" para aumentar as vocações sacerdotais cujo actual número não o deixa "sossegado e satisfeito".
"São essas formas pastorais criativas que precisamos de pedir, por um lado aos responsáveis pelo nosso seminário e pré – seminário; e por outro às comunidades com seus responsáveis pastorais", disse D. Manuel Felício durante a Missa Crismal a que presidiu.
Actualmente, existem cinco seminaristas no Seminário Maior e uma dúzia no pré-seminário, indicou o bispo sublinhando que "o Senhor pede-nos mais".
Viana do Castelo: vocações
O bispo de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira, pediu aos sacerdotes da diocese, durante a Missa Crismal, para que "unam as suas mãos às de Deus" para ultrapassar a falta de candidatos ao sacerdócio.
"O segredo para o problema da falta de vocações está nas nossas mãos que devem estar unidas às mãos do próprio Deus, pois desanimar seria o pior que nos poderia acontecer",declarou D. Anacleto.
o bispo aludiu à falta de vocações sacerdotais assinalando a "preocupação" tendo em conta o reduzido número de candidatos ao sacerdócio, sendo esta uma transversal à maioria das dioceses, assumindo até em algumas contornos mais graves do que em Viana.
Bragança-Miranda: São Bento
O bispo da Bragança-Miranda pediu aos sacerdotes da diocese para serem honestos, sóbrios, alegres, cultivarem a disponibilidade e a humildade, "escutando e acompanhando os mais pobres".
"Não desiludamos o povo santo de Deus com a nossa vida. A nossa vida há-de ser honesta, sóbria, alegre, em serviço humilde e totalmente disponível para escutar e acompanhar a todos, especialmente os mais pobres", pediu D. José Cordeiro na homilia da celebração da Missa Crismal.
Aos sacerdotes, D. José lembrou, ainda, as palavras de São Bento que ditou a regra: "O que houver recebido a ordenação não se deixe levar pela exaltação do orgulho".
Angra: servir
O bispo de Angra, nos Açores, pediu aos sacerdotes que sejam pastores à maneira de Cristo, que “deu a vida pelas suas ovelhas” e que façam da evangelização uma prioridade na sociedade actual.
Na homilia da Missa Crismal, na Sé diocesana, D. João Lavrador salientou que “a comunidade diocesana, e com ela o seu presbitério, não poderá ter outra aspiração que não seja servir".
Braga: contra a “despenalização do suicídio”
No homilia desta quinta-feira à tarde, o arcebispo primaz de Braga pediu aos políticos que sejam humildes e centrem os esforços na defesa da vida.
A classe politica deve cuidar “de quem grita pela vida” em vez de se preocupar com a “despenalização do suicídio”, apelou D. Jorge Ortiga.
“Quantas vezes ideologias partidárias, que deveriam procurar benefício público, se sobrepõem às reais necessidades e vontades do povo português?”, questiona D. Jorge Ortiga, que lembra que “quanto maior a responsabilidade, maior deve ser a nossa humildade”.
O arcebispo bracarense falava durante a celebração da Última Ceia do Senhor, na Sé Catedral, onde anunciou a criação de equipas na arquidiocese para a reintegração de casais divorciados na vida da Igreja. Um caminho para ser percorrido “com serenidade, em conjunto”, rematou.
[notícia actualizada às 20h50]