18 jan, 2017 - 08:23
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A Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa promove uma vigília de protesto esta quarta-feira, junto à residência oficial do primeiro-ministro, para contestar a falta de resposta às denúncias que tem vindo a fazer desde o ano passado.
“Continuam a existir tempos de espera exagerados para uma rede de metro onde não era hábito. Na linha Verde continuam a circular apenas três carruagens e não há resposta às nossas denúncias. A empresa veio justificar a paragem de 20 carruagens, que não têm rodas, com a aquisição de material e ainda não foram reparadas. A linha Vermelha que não tinha problemas, agora já começa a registar alguns também”, lamenta Cecília Sales, daquela comissão.
“Todos os graves problemas na rede de transportes públicos de Lisboa, concretamente os que se referem à rede do Metro” continuam sem resposta, afirma à agência Lusa, pois a administração das empresas “continua a não dar resposta e insiste em adiar a resolução dos problemas, que prejudicam milhares de pessoas”.
A vigília está agendada para as 17h30 e será iniciada com um “freeze flash mob/mannequin challenge”.
Está ainda prevista a entrega simbólica de uma carruagem ao primeiro-ministro, António Costa, por conta das 20 carruagens do Metro paradas e da quarta em falta na linha Verde.
Transportes público em debate de urgência no Parlamento
O Bloco de Esquerda (BE) leva esta quarta-feira ao Parlamento um debate de urgência sobre transportes públicos para alertar para a degradação do sector e apresentar iniciativas legislativas.
O debate foi anunciado na segunda-feira pela coordenadora do Bloco, Catarina Martins, no final de uma viagem no Metro de Lisboa com outros deputados e dirigentes do partido.
No final do percurso de dez minutos, Catarina Martins lembrou o "compromisso" do actual Governo de, no primeiro semestre de 2016, fazer um investimento nos transportes públicos, mas frisou que, "de facto, esse investimento não está a ser feito".
Destacou depois que a proposta do seu partido passa pelo investimento "já", de modo a que seja reposto "o nível de oferta básico que existia há quatro anos".
Na reunião plenária desta quarta-feira debate-se ainda o projecto de lei nº322/XIII do CDS-PP sobre a criação da conta de gestão florestal e também o projecto de resolução nº609/XIII do Bloco de Esquerda, que recomenda ao Governo a atribuição de apoios financeiros aos produtores florestais.