10 jan, 2017 - 22:39
Dylann Roof, o supremacista branco responsável por um massacre numa igreja de Charleston, no estado norte-americano da Carolina do Sul, foi esta terça-feira condenado à morte.
Durante a leitura da sentença, Dylann Roof, de 22 anos, não mostrou qualquer
emoção ou arrependimento pelo assassinato de nove fiéis negros.
O acusado preteriu de um advogado e representou-se a si
próprio na fase da sentença. Nas alegações finais, disse aos jurados que sentiu que o
massacre era algo que tinha que fazer e não pediu que a sua vida fosse poupada.
O procurador do Ministério Público responsável pela
acusação alegou que Dylann Roof merece morrer porque o ataque foi calculado e
pretendia incitar a violência racial.
O caso remonta a 17 de Junho de 2015. Nesse dia, Roof
entrou numa igreja de Charleston, onde decorria uma sessão de estudo da Bíblia,
esperou sentando durante 40 minutos, até começar a disparar.
O supremacista branco efecutou um total de 75 disparos e
matou um total de nove pessoas negras.
“Hoje, foi feita justiça. Numa sociedade civilizada não há espaço
para ódio, racismo ou discriminação”, disse após a leitura da sentença Malcolm
Graham, irmão da bibliotecária Cynthia Hurd, uma das vítimas.
A defesa de Dylann Roof vai recorrer da decisão e alegar que o atacante sofre de perturbações mentais.
"A sentença de hoje significa que este caso não vai ser encerrado tão cedo. Lamentamos que, apesar dos nossos esforços, os procedimentos legais tenham trazido tão pouca luz às verdadeiras razões desta tragédia", referem os advogados de Roof, em comunicado.