31 dez, 2016 - 18:37
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a resolução que apoia os esforços de Rússia e Turquia para a paz na Síria.
A votação ocorreu este sábado e não teve votos contra nem abstenções entre os 15 países membros.
O texto da resolução "aplaude e apoia os esforços da Rússia e Turquia para acabar com a violência na Síria e lançar um processo político".
A resolução insiste que a única solução possível para pôr fim ao conflito na Síria, que se arrasta há cinco anos, passa por um processo político que permita chegar a um novo governo de transição, com "plenos" poderes executivos para convocar eleições.
Os 15 membros do Conselho de Segurança fizeram um apelo urgente a todas as partes para permitir "o mais cedo possível" a distribuição de ajuda humanitária entre a população civil afectada pela guerra.
Moscovo e Ancara já tinham dado conta de um acordo para o cessar-fogo na Síria. É a terceira tentativa para o fim do conflito só em 2016.
A trégua é aplicável a todo o território, mas exclui os terroristas do autoproclamado Estado Islâmico e as milícias curdas. Para além do cessar-fogo, regime sírio e rebeldes estão de acordo quanto à realização de negociações para a resolução do conflito.
No entanto, os grupos rebeldes na Síria estão a ponderar considerar nulo e vazio o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor na sexta-feira, caso as forças governamentais e os seus aliados continuem a violar esse acordo. A posição foi assumida este sábado de manhã e surge depois de confrontos armados e bombardeamentos prosseguirem em zonas sob controlo dos rebeldes.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos assegura que o cessar-fogo está a ser respeitado em 90% das zonas incluídas na trégua, mas nos restantes 10% têm-se registado violações, quer por parte dos rebeldes, numa província na região sul do país, quer pelas forças leais ao regime sírio, registadas nas províncias de Damasco, Hama e Idleb.
A guerra civil na Síria, que dura há quase seis anos, já fez mais de 300 mil mortos e obrigou à deslocação de 11 milhões de pessoas.