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Tréguas trémulas na Síria

31 dez, 2016 - 09:25

Observatório Sírio para os Direitos Humanos assegura que cessar-fogo está a ser respeitado em 90% das zonas previstas. Conselho de Segurança volta a reunir-se para votar resolução que define um roteiro de paz para a Síria.

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Os grupos rebeldes na Síria estão a ponderar considerar nulo e vazio o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor na sexta-feira, caso as forças governamentais e os seus aliados continuem a violar esse acordo.

A posição foi assumida este sábado de manhã e surge depois de confrontos armados e bombardeamentos prosseguirem em zonas sob controlo dos rebeldes.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos assegura que o cessar-fogo está a ser respeitado em 90% das zonas incluídas na trégua, mas nos restantes 10% têm-se registado violações, quer por parte dos rebeldes, numa província na região sul do país, quer pelas forças leais ao regime sírio, registadas nas províncias de Damasco, Hama e Idleb.

Este sábado, o Conselho de Segurança reúne-se para votar uma resolução da Rússia que apoia o cessar-fogo e define um roteiro de paz para a Síria. O texto faz um apelo ao acesso rápido, seguro e livre da ajuda humanitária a todo o território e manifesta esperança de que a reunião a realizar no final de Janeiro entre o Governo e a oposição da Síria seja "uma parte importante do processo político" liderado pelos sírios e "facilitado pelas Nações Unidas".

O cessar-fogo foi anunciado na quinta-feira pela Rússia, depois de ter assegurado o acordo com a Turquia, que há muito apoia as forças da oposição. A trégua terá entrado em vigor à meia-noite, mas pouco depois observadores e rebeldes relataram confrontos e a violência parece ter aumentado na sexta-feira, com aviões de combate a bombardearam áreas no noroeste do país.

O cessar-fogo foi concebido como um primeiro passo para novas negociações de paz, depois de vários esforços internacionais fracassados este ano para travar o conflito, que começou como uma revolta pacífica e escalou para a guerra civil em 2011.

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  • Madala
    31 dez, 2016 Évora 10:43
    Acho piada à nossa comunicação social. Sobre a síria e alepo.... TUDO! Sobre Mossul .... nada de nada. OS camones, chefes da coligação, atacaram um hospital pediátrico e NADA! IMPARCIALIDADE.....

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