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Trabalhadores dos transportes juntam-se para manifestação em Lisboa

27 out, 2016 - 14:05

Funcionários consideram que a proposta do OE 2017 agrava a situação negativa já existente nas empresas do sector, tanto para os utentes como para os colaboradores.

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Vinte e seis organizações de trabalhadores dos transportes vão manifestar-se na próxima quinta-feira contra a proposta do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), em frente à Assembleia da República.

Segundo uma nota da Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (CGTP-IN), no plenário de trabalhadores, agendado para as 10h30, serão decididas novas acções de luta para contestar a proposta do OE2017.

Numa posição conjunta, as 26 organizações representativas dos trabalhadores dos transportes consideram que a proposta do OE2017 agrava a situação negativa já existente nas empresas do sector, tanto para os utentes como para os colaboradores.

"A proposta aponta para a redução do financiamento do serviço público de transportes, o que necessariamente se repercutirá na qualidade do serviço prestado aos utentes", consideram na posição conjunta divulgada hoje.

Quanto aos direitos e rendimentos dos trabalhadores do Sector Empresarial do Estado, as organizações lamentam que continuem "a laborar com salários de 2009", já que se mantém suspenso o pagamento de novas diuturnidades/anuidades, bem como suspensas as matérias referentes a carreiras e progressões profissionais.

Ficam ainda por resolver os problemas de admissão de trabalhadores, alertam, considerando que "o fomento da precariedade do trabalho não só alimenta as empresas de trabalho temporário [...] como agrava as contas das empresas e piora a qualidade, fiabilidade e segurança".

As organizações de trabalhadores entendem ainda que "é necessário repor o pleno direito à contratação colectiva, direito constitucionalmente consagrado, já que só através desta se previnem conflitos laborais".

Entre os signatários da posição conjunta estão as comissões de trabalhadores da CP - Comboios de Portugal, da EMEF - Empresa de Manutenção De Equipamento Ferroviário, da Infraestruturas de Portugal, da Soflusa, da STCP, da Transtejo e do Metro de Lisboa, associações e sindicatos independentes e afectos à CGTP e UGT.

Comentários
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  • TUGA
    27 out, 2016 LISBOA 15:30
    Podem fazer à vontade este energúmeno povo já pagou os passes!!!!! tanta fome e desemprego e estes gajos com boas reformas/ordenados, REGALIAS a fazerem pouco do povo com o apoio da CGTP. façam!!!!! o povo é manso,.... quer é futebol e telechachadas!!!!
  • António Pais
    27 out, 2016 Barreiro 14:45
    Quando será que estes Camaradas dos Sindicatos aprendem a fazer greves que não lixem os utentes ou a população ? A greve é uma arma que todos os trabalhadores têm para obrigagar a entidade patronal a corrigir os erros que cometeu. O que acontece presentemente é que as greves de transportes lixam apenas os trabalhadores utentes porque não trabalhando nãp ganham e também porque a maioria já pagou o seu titulo de transporte (passe). Qual é o prejuizo para o patrão (neste caso o Estado)? Nenhum !. Mas que existe prejuizo para o desgraçado que já pagou o seu passe e ainda por cima lhe vão debitar a falta no salário, isso sim !. Como solução, os Sindicatos poderiam fazer como durante o governo de Salazar (em que as greves e manifs eram proibidas) fizerem os trabalhadores da Carris: apresentaram-se ao trabalho MAS NÃO COBRARAM BILHETES. Aqui, sim, o prejuizo foi do Patrão !. Como é que se pode fazer agora ? Pensem numa solução !

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