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“O sinal da verdadeira civilização é colocar no centro as pessoas mais desfavorecidas”

29 jul, 2016 - 17:41 • Redacção com Ecclesia

Francisco visitou o Hospital Pediátrico de Prokocim, nos arredores da cidade polaca de Cracóvia, e pediu atenção para os mais desfavorecidos.

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O Papa voltou esta sexta-feira a apelar a uma cultura de acolhimento para contrariar a desvalorização do ser humano. Numa altura em que a Europa continua a ser confrontada com a crise de refugiados, na Polónia, Francisco volta a sublinhar a necessidade de acolher aqueles que fogem da guerra.

De visita a uma dos maiores hospitais pediátricos do país, o Hospital Pediátrico Universitário de Prokocim, nos arredores da cidade polaca de Cracóvia, Francisco alerta para a necessidade de as pessoas se colocarem com mais frequência junto dos doentes.

“O sinal da verdadeira civilização, humana e cristã, é este: colocar no centro da atenção social e política as pessoas mais desfavorecidas”, declarou, perante cerca de 50 menores actualmente hospitalizados, das suas famílias e dos profissionais das instituições de saúde.

Francisco sublinhou que na sua agenda na Polónia “não poderia faltar” o encontro com as crianças hospitalizadas e disse que as leva consigo “no afecto e na oração”.

“A minha vontade era poder demorar-me um pouco com cada criança doente, junto da sua cama, abraçar-vos uma a uma, ouvir nem que fosse só por um momento cada um de vós e, juntos, guardarmos silêncio perante certas perguntas para as quais não há resposta imediata. E rezar”, explicou.

O Papa desafiou os católicos a imitar Jesus, que foi sempre ao encontro dos doentes, “com o silêncio, com uma carícia, com a oração”.

A intervenção criticou a “cultura do descarte” que rejeita as pessoas mais fracas, considerando-a uma “crueldade”.

Francisco recordou depois as dificuldades das famílias que têm filhos num hospital e pediu que se multipliquem “as obras da cultura do acolhimento, obras animadas pelo amor cristão”.

O discurso concluiu-se com um agradecimento aos profissionais de saúde, aos capelães e aos voluntários. “Que o Senhor vos ajude a bem realizar o vosso trabalho, tanto neste como em qualquer outro hospital do mundo. E que Ele vos recompense dando-vos a serenidade interior e um coração sempre capaz de ternura”, desejou.

O Papa deixou um quadro como presente para o hospital antes de ir cumprimentar várias crianças presentes na sala. A visita conclui-se com um momento de oração na capela do Hospital.

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  • Carlos A.S.Silva
    29 jul, 2016 Hawthorne,NJ - USA 19:32
    Eh isto que deveria ser a biblia da nossa imprensa, radio e TV - ou como modernamente descrevem, a media. Mas essa atitude nao daria votos e ate talvez se perdessem anunciantes.

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