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​A frontalidade do Papa

29 jul, 2016 - 06:39

No início do seu pontificado chocou algumas pessoas, nomeadamente com afirmações sobre problemas económicos e sociais.

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No seu primeiro discurso na Polónia, onde (em Cracóvia) preside à Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco convidou a “superar os medos” na questão dos refugiados. Diante dos governantes polacos, que se opõem a receber refugiados e se reclamam católicos, o Papa evocou a história cristã da Polónia, a qual, sublinhou, tem que inspirar solidariedade.

O Papa Francisco é frontal e coerente, nas palavras e nos actos. No início do seu pontificado chocou algumas pessoas, nomeadamente com afirmações sobre problemas económicos e sociais. Depois, lendo com atenção o que o Papa dizia, verificou-se que ele falava segundo a Doutrina Social da Igreja – algo que muitos católicos acham uma doutrina simpática, mas ignoram na prática. Francisco veio, afinal, lembrar que essa Doutrina é mesmo para aplicar.

Na Polónia, como sempre, o Papa foi frontal. E até elogiou a reconciliação entre a Polónia e a Alemanha, depois da II Guerra Mundial, bem como a aproximação ao povo russo. Mas não ignorou a atitude pouco cristã das autoridades polacas quanto aos refugiados.

Comentários
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  • António Fernandes
    09 ago, 2016 Cacém e São Marcos 12:12
    Desculpem a minha ignorância, mas como não tenho televisão em casa e também não tenho acompanhado de perto a questão dos "refugiados", alguém me pode dizer quantos estão a viver no Vaticano?
  • António Costa
    30 jul, 2016 Cacém 12:22
    A Doutrina Social da Igreja é posta em prática por católicos, "pior" também por não católicos por influência dos primeiros....não é uma doutrina "simpática" é Só a razão porque os "refugiados" abandonam os países islâmicos e fogem às centenas de milhar para os países cristãos. O problema é que NINGUÉM ajuda estes refugiados, explicando-lhes que foi o Cristianismo, separando Deus de César que possibilitou criar no Ocidente sociedades livres, democráticas e prósperas. Onde não existem Leis Anti-Blasfémia e as pessoas são ENSINADAS a não atirar pedras aquele que é diferente! Ninguém os ajuda, e assim eles vão semeando no Ocidente aquilo que levou as suas sociedades de origem à guerra e à destruição.
  • Ana
    29 jul, 2016 Oeiras 12:09
    Compete ao papa lembrar aos cristãos o objectivo do cristianismo - nada a dizer. Compete aos políticos saber que o caminho é longo e que náo se deve confundir o objectivo com os passos necessários para atingir. Meter em casa, pessoas de outra formação e cultura, sem sequer se preocupar em ver quem são e o que querem, é de poeta. Que vão dizer às mulheres violadas, aos pais e mães que perderam os seus filhos em actos terroristas, ás comunidades subitamente obrigadas a aceitar no seu seio a "sharia" ? - oferece a outra face ? Não diga que imagino coisas más - o que falo já existe (leia Londonistan: How Britain is Creating a Terror State Within).
  • rfm
    29 jul, 2016 Coimbra 09:59
    será que os mais beatos "Polónia" são os menos cristãos ? Quanto á doutrina social da Igreja, o Papa Francisco, confrontou a religião ultraliberal/maoista, desumana, onde o Deus e o centro da vida é o capital e não as pessoas, "religião" professada fanaticamente por muito ditos católicos mediáticos, por cá e por lá. que obedecem mais facilmente aos banqueiros que ao Papa. é só andar atento e lembrar grande parte das posições da hierarquia da igreja, neste últimos 5 anos que até feriados cedeu e não terá cedido o dia de Natal porque os "mercados" não pediram !?

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