29 jul, 2016 - 06:39
No seu primeiro discurso na Polónia, onde (em Cracóvia) preside à Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco convidou a “superar os medos” na questão dos refugiados. Diante dos governantes polacos, que se opõem a receber refugiados e se reclamam católicos, o Papa evocou a história cristã da Polónia, a qual, sublinhou, tem que inspirar solidariedade.
O Papa Francisco é frontal e coerente, nas palavras e nos actos. No início do seu pontificado chocou algumas pessoas, nomeadamente com afirmações sobre problemas económicos e sociais. Depois, lendo com atenção o que o Papa dizia, verificou-se que ele falava segundo a Doutrina Social da Igreja – algo que muitos católicos acham uma doutrina simpática, mas ignoram na prática. Francisco veio, afinal, lembrar que essa Doutrina é mesmo para aplicar.
Na Polónia, como sempre, o Papa foi frontal. E até elogiou a reconciliação entre a Polónia e a Alemanha, depois da II Guerra Mundial, bem como a aproximação ao povo russo. Mas não ignorou a atitude pouco cristã das autoridades polacas quanto aos refugiados.